Partido critica “horários feitos à revelia e sem ouvir as populações” e aponta um “descontentamento generalizado”. TML reitera que operação arranca esta sexta-feira, dia 1 de julho, com os novos percursos e horários.
O CDS-Partido Popular de Almada pediu esta quinta-feira a suspensão imediata dos horários da Carris Metropolitana na Área 3 (que abrange os concelhos de Almada, Seixal e Sesimbra), que deverão entrar em funcionamento já no dia 1 de julho. Em comunicado, o partido aponta o “descontentamento generalizado das pessoas perante a divulgação pública dos novos horários da Carris Metropolitana”, que “estão a deixar as pessoas gravemente preocupadas”.
O deputado municipal do partido, António Pedro Maco, defende, por isso a suspensão dos novos horários, “tal como aconteceu noutros municípios do distrito de Setúbal, onde o início da implementação da Carris Metropolitana começou mal”.
Para o autarca, os novos horários foram feitos “à revelia e sem ouvir as populações ou os seus legítimos representantes”, acabando por “prejudicar gravemente a sua mobilidade e o acesso diário aos seus empregos”.
“Não é desta forma unilateral, sem a mínima noção do que se passa no terreno, que um projeto desta envergadura é implementado, mexendo com a vida de milhares de pessoas que, em certos locais, deixam de ter completamente alternativas de mobilidade ou passarão com muita dificuldade a ter de se desdobrar em mais que um meio de transporte com todas as implicações de tempo que este problema acarreta para os utentes da nova Carris Metropolitana”, defende o partido, em comunicado.
TML garante arranque da operação
Questionada pelo ALMADENSE, a Transportes Metropolitanos de Lisboa garantiu que a operação na Área 3 arranca esta sexta-feira, dia 1 de julho, com os horários entretanto divulgados nos sites da TST e da Carris Metropolitana.
“Estamos a trabalhar para que tudo esteja a funcionar a partir de dia 1”, afirmou fonte da entidade, recordando que o serviço será implementado de forma faseada, sendo que algumas carreiras serão implementadas gradualmente, devendo estar operacional “até ao final do ano”.
“A nova rede de transportes pretende beneficiar a vida das pessoas”, garantiu a mesma fonte, admitindo que no decorrer da implementação da operação poderão existir “alguns ajustes e alterações” nos horários e percursos quando necessário.
Recorde-se o arranque atribulado do novo serviço na Área 4 (Alcochete, Moita, Montijo, Palmela e Setúbal), levou à reposição dos horários pré-Carris Metropolitana. Além disso, a implementação do novo serviço de transportes rodoviário foi adiada nos concelhos da margem norte do Tejo para janeiro de 2023 pornão estarem “garantidas as condições consideradas essenciais para a entrada em funcionamento”.
Texto: Maria João Morais e Alexandre Quintela da Silva
https://almadense.sapo.pt/mobilidade/carris-metropolitana-almadenses-descontentes-com-o-fim-das-carreiras-para-o-areeiro/