Sexta-feira, Setembro 29, 2023
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Ligação de Almada à Costa da Caparica: IC20 vai ser alargado, passando de três para quatro vias

Obras começam no início de outubro e têm uma duração prevista de 20 meses, prolongando-se até maio de 2025.

 

A estrada que liga Almada à Costa da Caparica vai ser alargada, passando de três para quatro vias por sentido entre o Centro Sul e a Universidade Nova, numa extensão de 3,9 quilómetros. A obra tem início no próximo dia 2 de outubro e conclusão prevista até maio de 2025.

O anúncio foi feito por João Portela, representante da Baixo Tejo (subconcessionária da Infra-estruturas de Portugal responsável pela gestão de um conjunto de vias na margem sul do Tejo, entre as quais o IC20), durante a reunião da Câmara Municipal de Almada que decorreu esta segunda-feira, dia 18 de setembro.

“Temos que dar cumprimento a uma obrigação que advém do nosso contrato, que prevê que quando as vias atingem um determinado limite de fluxo de tráfego têm que ser alargadas, recebendo um aumento no número de vias”, adiantou o responsável.

De acordo com João Portela, a estrada conhecida como a via rápida da Costa da Caparica terá atingido um tráfego médio diário anual superior a 60 mil veículos por dia, o que justifica a intervenção, que será dividida em oito fases.

Com o objetivo de melhorar o acesso a Lisboa, a obra prevê ainda o aumento de duas para três vias na saída da rotunda do Centro Sul para o ramo de acesso a Lisboa e ainda a construção de um novo ramo de acesso no sentido Costa – Almada, sendo que o “loop” atual se mantém apenas para emergência e manutenção (forças policiais e de emergência, Brisa e Lusoponte).

Está ainda previsto o aumento para duas vias dos ramos de ligação do IC20 à A33 no Nó de Casas Velhas (junto à Universidade Nova) de e para Almada e a relocalização de algumas paragens de autocarro.

Presente na reunião, a presidente da autaquia Inês de Medeiros admitiu que a obra vai “criar impacto numa via que já está muito carregada”. Nesse sentido, assumiu o compromisso de garantir “alternativas para minimizar ao máximo o impacto”. 

Já a vereadora do Bloco de Esquerda, Joana Mortágua, deixou o alerta: “podemos continuar a acrescentar vias que não resolvemos o problema do trânsito. A única maneira de o resolver é com transportes públicos. O metro é uma via privilegiada para isso e, por isso, a extensão do metro até à Costa é absolutamente estratégica”, afirmou.

 

Foto: Bruno Marreiros

 

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13 Comentários

  • Pedro Figueiral

    Deviam era prever uma ciclovia entre Almada e a Costa de Caparica.

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  • Manuel Mendes Sousa Bicho

    Lamento dizer mas para além de um novo ramo de acesso a Lisboa a partir do IC20 que liberte a circulação entre a Costa e Almada e do alargamento do acesso do IC20 ao A33 que proporcione o descongestionamento do IC20 para a Charneca via A33, acho que será um desperdício financeiro, um comprometimento da possibilidade futura da instalação do metro para a Costa e um aumento do suplício dos utentes (muito grave) com as restrições ao tráfego que essas obras trarão.

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  • Eddy Van Wallendael

    Metro até Costa de Caparica e Aroeira se calhar era melhor ideia !
    E mudar o nó do IC20 A2 para a ponte sem trânsito a cruzar para entrar e sair…

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  • José Amaro

    Na minha opinião essas obras que estão para ser realizadas em nada vem alterar a circulação do trânsito, porque o problema diário consiste no acesso à ponte 25 de Abril. Deveriam ponderar um nova via com início na rotunda do Centro Sul, e a terminar um pouco antes da Ponte do Pragal e assim passavam para três vias, ficando a do BUS, e outras duas mais à direita para o restante trânsito.

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  • Só se compreende na perspetiva de encher os bolsos aos queridos amigos, assim está bem, vamos a isso, já estou desejoso de pagar do meu bolso.

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  • Carlos Cunha

    Assustador vincular obras a estudos estatísticos sem critérios concretos. O aumento do transito é verificado nas horas de ponta por impossibilidade de escoar o trânsito na direcção de Lisboa e isso não é resolvido. As duas e três faixas têm de ser acompanhadas de soluções quer na entrada para a A33, quer na entrada para a ponte 25 de Abril. Era importante que os transportes publicos não fossem travados nesses locais. Gostava de ver a ciclovia e o metro Almada-Costa, mais um corredor BUS até ao centro sul e com separadores efectivos. Aproveitar a passagem inferior do Forum Almada para o trânsito não se cruzar com o trânsito da Costa-Ponte e assim a saída ponte-Centro sul far-se-ia quebrando o loop desviado para essa passagem inferior.

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  • A. goncalves

    Mais um disparate de trânsito em Almada.

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  • Maria do Carmo Ventura Rodrigues e Rodrigues

    Gostaria de saber como vão fazer com os moradores que já estão literalmente em cima do IC20, e AGORA? Vão colocar a estrada em cima das habitações? Nem placas/barreiras acústicas tem!

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  • Vicente Ferreira

    Só gastos desnecessários. Vai atrapalhar mais ainda o trânsito na ponte e os acessos a Almada. A travessia Belém – Trafaria seria a solução que a Lusoponte defende e já tem accionistas para isso que governos sucessivos rejeitam.

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  • António da Costa Neves

    Despejar trânsito sobre a ponte não resolve nada. Os tempos de demora continuarão os mesmos, só mudam os locais, que se aproximarão mais de Almada, fazendo com que o trânsito no interior da cidade piore cada vez mais. Só uma nova ponte (ou túnel) na Trafaria/Algés daria uma solução para 100 anos. Até lá não PPR que nos valha.

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  • José da Costa

    Solução inútil e gravosa. Despejar trânsito sobre a ponte só piora o trânsito na cidade. Só uma nova ponte (ou túnel) no eixo Trafaria/Algés resolveria o problema por 100 anos.

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  • carlos ascensaso

    Mais um tremendo disparate!!! Ou talvez não, para alguns… Seria mais útil para todos, incluindo o ambiente ( e talvez os “alguns”…) prolongar o metro até à Charneca e Costa de Caparica…

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