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Elogios e queixas no arranque da Carris Metropolitana em Almada

Utentes destacaram os novos autocarros como melhoria, mas apontaram falhas na informação sobre as novas linhas, criticaram a eliminação de carreiras e redução de horários. 

 

A Carris Metropolitana teve um início marcado por pontos positivos e negativos em Almada, esta sexta-feira, dia 1 de julho. Se muitos utentes se mostravam satisfeitos com a estreia dos novos autocarros, referindo o “conforto, bom estado dos veículos e o ar condicionado”, outros lamentaram a falta de informação, a alteração de rotas e a necessidade de realizar transbordos para chegar ao destino.

Apesar de um arranque menos conturbado do que o ocorrido há um mês na Área 4 (Alcochete, Moita, Montijo, Palmela e Setúbal), o início da operação em Almada deixou muitos passageiros desorientados. “Para vermos os horários temos que ir à internet, porque não estão disponíveis em todas as paragens”, disse Vanya Silva ao ALMADENSE.

Alguns utentes —como Amílcar Costa, utilizador habitual da Sulfertagus— desconheciam mesmo a mudança para a Carris Metropolitana. “Quero ir para a Sobreda e agora não sei como, não sabia desta alteração. Eu tenho tempo para descobrir o autocarro, mas para quem não tem, fica difícil”, contou.

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Em Cacilhas, a principal queixa dos utentes prendia-se com a falta de informação, uma vez que os horários e percursos não se encontravam afixados naquele que é o maior terminal rodoviário do concelho. “Quero ir para o Laranjeiro, mas não sei que autocarro apanhar”, afirmou Ana Maria, enquanto procurava ajuda entre os profissionais rodoviários.

Questionados pelos passageiros, muitas vezes os motoristas não conseguiam aconselhar os utentes sobre linhas que não operam. Outras vezes, recomendavam a realização de transbordos para chegar ao destino pretendido, o que não agradava aos passageiros.

Utente habitual das carreiras para a Marisol, Maria da Fé ficou descontente com as alterações nas introduzidas com a nova operação. “De manhã tive que ir a pé para o trabalho porque o autocarro não veio ou estava atrasado. Esta nova carreira para Marisol não passa nas mesmas paragens”, contou, acrescentando que com o novo percurso fica a “três quilómetros de casa”.

De resto, na Charneca de Caparica o desagrado dos utentes em relação às alterações anunciadas para a linha 151 (Charneca – Marquês de Pombal), levou mesmo à reposição temporária dos horários da TST, informou a União de Freguesias da Charneca da Caparica e Sobreda.

O impacto da estreia da Carris Metropolitana fez-se sentir também ao nível das ligações ferroviárias, com utentes a revelarem ao ALMADENSE que o comboio Fertagus circulava esta sexta-feira “mais cheio” do que habitual, devido ao fim das carreiras para o Areeiro. Tendo em conta a maior afluência de passageiros, a Fertagus alargou o horário dos comboios duplos, que integram oito carruagens. 

Apesar de apreensivos, alguns utentes mantêm a esperança de que o transporte melhore quando estiver estabilizado. João Andrade, passageiro habitual das ligações entre Cacilhas e Charneca da Caparica, é um deles. “Espero que a Carris traga uma melhoria de serviço”, assim que acertarem “os horários” e alguns “problemas iniciais”, afirmou.

 

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https://almadense.sapo.pt/mobilidade/divulgados-horarios-das-novas-linhas-da-carris-metropolitana-em-almada-seixal-e-sesimbra/

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