Documentário de Luís Quinta mergulhou no oceano que banha Almada para mostrar a riqueza de uma biodiversidade para muitos completamente desconhecida. A antestreia do filme está marcada para este sábado, no Teatro Joaquim Benite.
Especializado em história natural, Luís Quinta já percorreu o mundo em busca de vida selvagem para documentar. Mas para o seu mais recente projeto, o fotógrafo e realizador não precisou de viajar para longe. Percebeu que bem perto da Costa da Caparica, onde vive há 25 anos, também poderia encontrar muita da extraordinária fauna que já tinha filmado pelo mundo fora.
Baleias, tubarões, orcas ou tartarugas são apenas alguns exemplos dos animais marinhos captados pela lente de Luís Quinta no vasto oceano que banha o concelho de Almada. São eles os protagonistas do filme Almada Atlântica. Mar da Minha Terra, documentário que pela primeira vez mostra a riqueza da vida selvagem que habita entre a Costa de Caparica e o cabo Espichel.
Durante as filmagens, que se desenrolaram entre 2016 e 2019, o maior desafio foi enfrentar o “mar agreste”, conta Luís Quinta ao ALMADENSE. Os ventos frequentes e a ondulação forte “limitavam muito as saídas” do realizador, que só podia embarcar para filmar nos dias de mar tranquilo. A partir daí, os encontros com a fauna local surgiam de forma natural. Desde os seres mais minúsculos aos gigantes marinhos, Luís Quinta foi registando o que a natureza lhe oferecia, explorando o enorme potencial do litoral almadense.
O resultado são imagens nunca antes filmadas de um ecossistema natural desconhecido tanto para muitos almadenses como para a maioria dos milhares de visitantes que todos os anos enchem o areal que se estende desde a Cova do Vapor à Fonte da Telha. O objetivo é que o filme possa servir também como uma “ferramenta de valorização daquele território”, diz o multipremiado documentarista, que colabora habitualmente com publicações como National Geographic ou BBC Wildlife.
Para além de um “produto de divulgação do ponto de vista turístico”, Mar da Minha Terra poderá também tonar-se num importante “instrumento educativo”, sendo utilizado em escolas, numa vertente pedagógica e de preservação, destaca Luís Quinta. Foi isso, aliás, que aconteceu com o filme de 2014 Almada, entre o Rio e o Mar, que mostra muita da biodiversidade que se encontra em Almada, mas se centra mais na beleza natural do “lado terrestre” do concelho.
É por isso que o novo documentário, que contou uma vez mais com o apoio da Câmara Municipal de Almada, se vira para o mar. Com duração de 46 minutos, o filme vai ser exibido em ante-estreia este sábado, dia 29 de fevereiro, no Teatro Municipal Joaquim Benite, em Almada. Depois disso, seguirá para as televisões e outras plataformas de distribuição.
https://almadense.sapo.pt/cidade/reaberta-a-circulacao-no-paredao-da-costa-da-caparica/
Faço votos que o filme passe também fora de Almada. Desde os adultos aos mais novos gostam deste tipo de filme…