Esclarecimento surge depois do alerta feito por sindicatos médicos sobre os riscos de rotura da Urgência Geral a curto prazo.
O Hospital Garcia de Orta, em Almada, garantiu este sábado que “não considera” o encerramento do Serviço de Urgência Geral. Numa nota enviada à agência Lusa, a unidade assegura que “continua a trabalhar para prestar os melhores serviços à população, mesmo neste difícil contexto pandémico, no respeito pelos níveis de qualidade e segurança estabelecidos”.
O esclarecimento surge após advertências recentes feitas por sindicatos médicos. “Os médicos estão em exaustão, a trabalhar em condições que não permitem garantir a capacidade de resposta às exigências do momento atual: se não forem tomadas medidas, irá haver uma rotura na capacidade de resposta a curto prazo”, alertou este sábado o Sindicato dos Médicos da Zona Sul (SMZS), indicando que o Serviço de Urgência Geral do hospital pode entrar em rotura a curto prazo.
Na quinta-feira, já o Sindicato Independente dos Médicos (SIM) tinha avisado sobre o “sério risco de encerramento” do serviço de Urgência Geral do Hospital.
Para o sindicato, a situação que se vive naquela unidade de saúde, que recebe na urgência afluência média diária de 300 utentes, é o reflexo de “toda uma falta de investimento em instalações, equipamentos e recursos humanos, tanto mais notório quando atravessamos uma pandemia”.
Hospital reorganiza recursos
Por sua vez, o Hospital explica que “as necessidades provocadas pela Covid-19 obrigaram a uma rápida adaptação da capacidade de prestação de serviços, com a reafectação de recursos, com efeitos entre os seus profissionais, por exemplo, nos limites estabelecidos para a realização de trabalho extraordinário ou suplementar”.
Obrigaram também, segundo o HGO, “a uma reestruturação dos projetos de beneficiação das instalações, em função das novas necessidades e da situação de exceção vivida, que se mantém”.
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