Nuno Matias acredita que se os eleitores de centro-direita estiverem “mobilizados”, a coligação que encabeça tem condições para ganhar em Almada.
A “proximidade com os cidadãos” e a “obra feita” durante o último mandato (em que o PSD integrou o Executivo camarário) podem garantir ao centro-direita um reforço nas eleições autárquicas deste ano. É essa a convicção de Nuno Matias, o cabeça de lista da coligação Almada Democrática (AD) à presidência da Câmara Municipal, que esta quarta-feira apresentou a sua candidatura no auditório do Convento dos Capuchos, na Caparica.
“Este é um dia histórico porque renasce uma coligação de centro-direita”, afirmou Nuno Matias durante a sessão de apresentação da nova AD que, além do PSD e do CDS-PP, engloba ainda os partidos Aliança, MPT e PPM. Para o candidato, a coligação que lidera é um “espaço moderado”, que pretende transformar Almada no “melhor local para viver e investir”.
Recordando que nas legislativas de 2011 os partidos de direita obtiveram em Almada 35 mil votos e que em 2013 o partido vencedor das autárquicas alcançou 23 mil votos, o candidato garantiu existir um “universo potencial de eleitores que, se estiver mobilizado, tem todas as condições” para fazer da AD vencedora. Para isso, Nuno Matias aponta como eixos estratégicos a desenvolver no concelho a “criação de valor, a melhoria o espaço público, a coesão social e a promoção da proximidade”.
“Derrubar o socialismo e o comunismo em Almada”
Presente na sessão de apresentação, o presidente do PSD, Rui Rio, afirmou que o cabeça de lista em Almada é “o melhor candidato à disposição”, sublinhando que Nuno Matias recusou um regresso ao parlamento para poder manter a vereação em Almada. Garantindo de que “as autarquias fazem mais pela população do que o poder central”, Rui Rio mostrou-se ainda “convencido de que podemos ganhar a Câmara de Almada, mas se não ganharmos, cumprimos a nossa missão”.
Por sua vez, o presidente do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, apresentou-se mais confiante, afirmando que a coligação tem por objetivo “derrotar a esquerda no poder” em Almada. Para o responsável, as eleições autárquicas poderão servir para “virar a página do socialismo no poder local, mas também a nível nacional”. Recuperando o espírito da antiga Aliança Democrática, o líder do CDS garantiu que a frente de centro-direita pode “derrubar o socialismo e o comunismo em Almada”.
Em 2017, o PSD alcançou 14% dos votos em Almada, tendo eleito dois vereadores e integrando pela primeira vez o Executivo da autarquia. “Fomos um factor de estabilidade”, afirmou Nuno Matias, que assumiu o pelouro do Ambiente, Energia e Espaços Verdes após um acordo de governação estabelecido com o PS, liderado por Inês de Medeiros. Quanto ao CDS, obteve há quatro anos 2,5% dos votos, elegendo um deputado para a Assembleia Municipal de Almada.
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