Investigadora almadense é a sétima mulher a ser distinguida com o prestigiado prémio, que reconhece o “trabalho pioneiro” que desenvolveu na área da eletrónica.
A investigadora almadense Elvira Fortunato é a vencedora da 34ª edição do Prémio Pessoa, anunciou esta quinta-feira o júri do galardão, que todos os anos distingue uma personalidade que se destaca no panorama cultural ou científico do país.
Inventora da eletrónica transparente e do transístor de papel, a cientista foi escolhida pela sua “carreira de excecional projeção, dentro e fora do país” e pelo “contributo notável para o desenvolvimento científico, tecnológico e de inovação português”, justificou Francisco Pinto Balsemão, presidente do júri.
“A ciência e a inovação são sinónimos de Elvira Fortunato”, destacou o responsável, numa transmissão online, em que elogiou o trabalho da especialista e da sua equipa de investigação, sobretudo no desenvolvimento do transístor de papel.
Natural de Almada, onde nasceu há 56 anos, Elvira Fortunato é licenciada em Engenharia de Materiais, catedrática da Faculdade de Ciências e Tecnologia e vice-reitora da Universidade Nova de Lisboa. É a sétima mulher e a sétima cientista, a ser distinguida com o galardão.
Com um valor de 60 mil euros, o Prémio Pessoa é uma iniciativa do jornal Expresso e da Caixa Geral de Depósitos. Este ano, o júri foi composto por Francisco Pinto Balsemão (presidente), Emídio Rui Vilar (vice-presidente), Ana Pinho, António Barreto, Clara Ferreira Alves, Diogo Lucena, Eduardo Souto de Moura, José Luís Porfírio, Maria Manuel Mota, Pedro Norton, Rui Magalhães Baião, Rui Vieira Nery e Viriato Soromenho-Marques.
O anúncio do prémio estava previsto para dezembro passado, mas foi adiado devido à pandemia da covid-19.
Foto: Universidade Nova de Lisboa
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