Empresa municipal responsável pela fiscalização do estacionamento em Almada (antiga Ecalma) será presidida por Ana Luísa Lima Ferreira. Renovação do Conselho de Administrção da WeMob acontece num momento em que a empresa enfrenta dificuldades, depois de acumular vários meses sem receitas devido à pandemia.
A Câmara Municipal de Almada aprovou esta segunda-feira, dia 3 de Agosto, a renovação do Conselho de Administração da WeMob, nomeando para a presidência a engenheira Ana Luísa Lima Ferreira e Rogério Fernandes como vogal não executivo. A proposta contou com os votos favoráveis da maioria PS/PSD, com a abstenção do Bloco de Esquerda e os votos contra dos eleitos pela CDU.
A renovação acontece após a renúncia, em Junho, de dois dos três membros da anterior administração: o presidente, Dimas Pestana, e a vogal não executiva Inês de Medeiros, também presidente da Câmara Municipal de Almada.
Trata-se, assim, da primeira vez que a empresa não conta com um eleito da Câmara na administração, facto que levou o vereador da CDU, José Gonçalves, a questionar a presidente da Câmara.
Em resposta, Inês de Medeiros frisou que a ausência de autarcas naquele órgão é “legal”, considerando ainda ser “mais saudável para a empresa e para as relações com a Câmara não haver representantes eleitos na WeMob”.
“Vivemos momentos de grande exigência tanto para a empresa como a Câmara”, argumentou a autarca, adminindo que a antiga Ecalma enfrenta uma “tempestade perfeita”, depois de ter estado vários meses sem receitas devido à suspensão da fiscalização motivada pela pandemia.
No mês passado, as dificuldades da empresa pública, que tem o município de Almada como único acionista, refletiram-se no atraso do pagamento de salários, o que motivou os protestos dos trabalhadores. “Felizmente não foi mais do que cinco dias, foi possível resolver o assunto a tempo”, afirmou Inês de Medeiros durante a reunião desta segunda-feira.
Rejeitando que a sua saída do conselho de administração aconteça para “se livrar de um problema”, a edil argumentou ainda que as dificuldades sentidas pela WeMob irão continuar a refletir-se “nas contas e no universo municipal”.
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