Apesar da quebra no número de passageiros ter reduzido o volume de reclamações, a TST mantém-se como a operadora mais visada.
A Transportes Sul do Tejo (TST) voltou a ser no primeiro semestre de 2021 a operadora de transporte público rodoviário urbano a acumular mais queixas por parte dos utentes. Durante esse período, a empresa foi alvo de 191 reclamações, número que quase duplica o volume de queixas recebido pela Carris (105), apesar da operadora que presta serviço na cidade de Lisboa servir um maior número de utentes. Seguiram-se a Vimeca, com 76 queixas, a STCP com 63, a Scotturb, com 46 e a Rodoviária de Lisboa, com 36.
Dentro deste subsetor, os motivos na base do maior número de queixas têm a ver com o cancelamento do serviço (15%), críticas à conduta dos funcionários (14,5%), títulos de transporte (12,9%) e incumprimento de horários (9,2%).
Os números constam do “Relatório sobre Reclamações no Ecossistema da Mobilidade e dos Transportes”, divulgado esta semana pela Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT) e dizem respeito aos primeiros seis meses do ano passado.
Durante aquele período, a entidade reguladora dos transportes recebeu um total de 4.902 queixas por parte dos utentes dos transportes, o que representa uma média de 27 reclamações por dia. Trata-se de uma quebra de quase 40% quando se compara com o primeiro semestre de 2020, o que se explica com a redução no número de passageiros motivada pelas restrições relacionadas com a pandemia de covid-19.
Já no que diz respeito ao transporte ferroviário, a Fertagus (que assegura as ligações entre a margem sul e Lisboa via ponte 25 de Abril) registou uma descida no número de queixas de 119 para 48, muito abaixo da Comboios de Portugal (CP), que recebeu 794 reclamações no mesmo período. A mesma tendência verificou-se nos sistemas de metro, sendo que o Metro Transportes do Sul (MTS) recebeu apenas 22 reclamações no semestre.
O mesmo não aconteceu no transporte fluvial, com a Transtejo a ver aumentar o número de reclamações nos primeiros seis meses de 2021, tendo registado um total de 96 queixas. Por sua vez, a Atlantic Ferries (que liga Setúbal a Tróia) foi alvo de 40 reclamações, enquanto que a Soflusa recebeu 39 queixas por parte de utentes.
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