Ex-deputada assume a liderança da lista anteriormente encabeçada por Joana Mortágua, que foi vereadora do Bloco de Esquerda em Almada durante dois mandatos. Em comunicado, o partido manifesta abertura para “diálogos” com outras forças políticas de esquerda.
Para a Assembleia Municipal de Almada, os bloquistas avançam com o nome de Jefferson Oliveira, membro da Coordenadora Concelhia do Bloco de Esquerda de Almada. Ator e professor de 33 anos, é natural do Brasil e residente em Almada há mais de duas décadas, com um passado ligado ao associativismo cultural no município.

Em comunicado divulgado esta quarta-feira, a concelhia do partido em Almada sublinha a “aposta forte” no município, “fazendo um balanço positivo” dos mandatos de Joana Mortágua na Câmara e de José António Rocha na Assembleia Municipal.
Deixando críticas à atuação do executivo liderado pelo Partido Socialista, a mesma nota refere que a estratégia do Bloco em Almada não coloca de parte possíveis entendimentos com outras forças do seu espaço político. A concelhia diz que “está a preparar uma candidatura forte, que não exclui diálogos com outras forças de esquerda, para se constituir como alternativa progressista em Almada ao executivo do PS demasiado encostado à direita e pouco atento aos problemas da população”.
Quanto a Sandra Cunha, nasceu em Paris, França, tendo residido em Almada desde os 7 anos. O seu percurso profissional está ligado à academia, sendo atualmente investigadora no Observatório do Racismo e Xenofobia da Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa. Militante do partido desde a fundação, integra atualmente a Coordenadora Distrital de Setúbal e da Comissão de Direitos dos bloquistas.
Em 2015, foi eleita pelo círculo eleitoral de Setúbal para o Parlamento nas eleições legislativas. Em representação do Bloco, integrou a Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, a Subcomissão para a Igualdade e Não-Discriminação e o Grupo Parlamentar Português para a População e Desenvolvimento.
Eleita para um segundo mandato na AR em 2019, renunciou ao mandato em 2021, na sequência de uma investigação do Ministério Público por alegada comunicação de morada de residência diferente da que usava. O processo foi, no entanto, arquivado, conforme indicou ao ALMADENSE fonte do partido.
A curto prazo deverão também ser conhecidos nomes indicados para as Assembleias de Freguesia do município de Almada, com o partido a remeter “para breve” o anúncio sobre os candidatos.
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