Orquestra de Câmara de Viena em destaque no Festival de Música dos Capuchos
Para além do Convento dos Capuchos, este ano o evento estende-se até ao auditório da FCT, no Monte de Caparica.
A Orquestra de Câmara de Viena esté em destaque na edição deste ano do do Festival de Música dos Capuchos, que vai decorrer entre 16 de junho e 10 de julho. A apresentação da programação do festival, dedicado à música clássica e à música de câmara foi feita esta terça-feira, dia 17 de maio.
A segunda edição do evento, que regressa depois de uma paragem de 20 anos, mantém a tradição de trazer músicos de referência mundial a Almada. As apresentações decorrem no Convento dos Capuchos, na Costa da Caparica, e no Grande Auditório da Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, no Monte da Caparica.
“É uma grande alegria ver a segunda edição do festival, que faz o seu retorno após um período de pandemia e cheio incertezas”, disse a presidente da Camara Municipal de Almada, Inês de Medeiros, durante a apresentação do programa.
O evento arranca com o concerto do cravista francês Pierre Hantai, “um dos melhores cravistas da atualidade e das últimas décadas”, afirmou o diretor artístico do festival, o pianista Filipe Pinto-Ribeiro.
Marcam ainda presença a violinista ucraniana Diana Tishchenko, vencedora do prestigiado Grand Prix Jacques Thibaud em 2018, a Orquestra Gulbenkian e o grupo de música tradicional mirandesa Galandum Galundaina, que irá apresentar um concerto dedicado à música das Terras de Miranda, entre outros.
Outro dos nomes confirmados é o da pianista russa Anna Tsybuleva, vencedora do Primeiro Prémio no Concurso Internacional de Piano de Leeds. Sobre a presença da intérprete, Inês de Medeiros fez questão de sublinhar que se opõe à censura de artistas por motivos políticos. “Seja por que razão for, se algum dia censurarmos artistas, somos piores ou iguais aos que criticamos”, afirmou.
O evento conta ainda com conversas moderadas pelo jornalista Carlos Vaz Marques, que irá contar com convidados especiais como Manuel Alegre ou Hélia Correia. Os ciclos serão dedicados aos 450 anos da publicação da obra “Os Lusíadas”, de Luís Vaz de Camões, e aos centenários do nascimento de Agustina Bessa-Luís e da morte de Marcel Proust.
António Wagner Diniz, co-fundador do Festival dos Capuchos (com José Adelino Tacanho em 1981), vai receber uma homenagem e um concerto “Carta Branca” interpretado por jovens talentos. “Não podemos esquecer a origem do festival e os seus fundadores. Agradeço a António Wagner Diniz por tudo o que fez para o festival, mas também por uma vida dedicada ao ensino”, disse Inês de Medeiros.
O festival tem uma assinatura total de 90 euros, com um valor medio de 10 euros por concerto e de 4 euros para as conversas. Para obter mais informações ou consultar a programação, visite o site do festival.
Festival Sementes traz teatro, música e atuações especiais a Almada