Foi aprovada a reabilitação do Largo de Cacilhas, que prevê a musealização das antigas salgas romanas de peixe. Objetivo é “promover a fruição da zona ribeirinha”.
A Câmara Municipal de Almada aprovou esta segunda-feira a adjudicação da empreitada de requalificação do largo de Cacilhas, que inclui a criação de um museu na antiga fábrica romana de salga de peixe.
O objetivo é criar um circuito turístico à beira-Tejo, dotando Cacilhas de um polo museológico que integra também a Fragata D. Fernando II e Glória e o submarino Barracuda, de forma a “promover a fruição da zona ribeirinha e potenciar a dinamização da economia local”, adianta a autarquia.
Com um prazo estimado de 300 dias, a obra irá avançar com a adjudicação da empreitada à empresa Extraco Construccións e Proxectos, por 2,4 milhões de euros.
De acordo com a Câmara de Almada, o projeto “contempla a execução de novos pavimentos rodoviários e viários, novas ligações para as infraestruturas de iluminação pública, abastecimento de águas, equipamentos, mobiliário urbano, deslocalização do quiosque e das instalações sanitárias públicas e a redefinição de um novo paisagismo”.
Também será reconfigurada a rotunda, estando prevista a “modelação dos passeios e espaços de permanência com pendentes suaves e ligações entre planos, através de rampas muito discretas”.
Quanto à salga romana de Cacilhas (classificada como Imóvel de Interesse Público), será alvo de musealização. A identificação dos vestígios da fábrica de salgas romana remonta a 1981, ano em que trabalhos arqueológicos colocaram a descoberto um conjunto de tanques para preparação de conservas e molhos à base de peixe junto ao estuário do rio Tejo. O complexo fabril da época romana terá funcionado entre o final do século I a.C. e o século III d.C.
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