Dezenas de utentes participaram numa vigília para protestar contra a falta de médicos e outros profissionais no Hospital de Almada, que acreditam estar a levar à “degradação” dos serviços de saúde prestados.
As Comissões de Utentes de Saúde dos concelhos de Almada e Seixal realizaram uma vigília esta segunda-feira junto à entrada do Hospital Garcia de Orta (HGO), para contestar a falta de médicos, que tem levado à “degradação” do serviço prestado à população, afetando o funcionamento dos serviços de urgência e várias especialidades.
Os utentes exigiram, por isso, a adoção de medidas imediatas que assegurem o acesso pleno às urgências, nomeadamente de pediatria e obstetrícia.
Neste momento, as populações de Almada e Seixal não têm acesso às urgências de pediatria durante a noite, sendo que as de obstetrícia encerram às 8h de sexta-feira e reabrem na segunda-feira às 8h, “sem que se perspetive a curto prazo, por parte do Ministério da Saúde, a resolução do problema”, apontam as duas comissões em comunicado.
Recordando que o HGO serve os utentes de dois concelhos —Almada e Seixal— com um total de 343.793 habitantes, as comissões alertam que todos os dias recebem relatos de utentes “que estão horas intermináveis à espera de uma consulta nas urgências”, e também de “grávidas em elevado estado de ansiedade face à incerteza do local de parto”.
Já no que diz respeito aos centros de saúde, indicam que “não há urgência de pediatria”, pelo que “os utentes são obrigados a deslocarem-se aos hospitais de Lisboa, que atualmente também se deparam com este problema”.
Por estes motivos, as Comissões de Utentes de Almada e Seixal “estão profundamente preocupadas com esta questão, com os ataques reiterados ao SNS, e reclamam mais e melhores condições de trabalho para os profissionais de saúde”.
Finalmente, para “resolver os problemas com que se deparam os utentes de Almada e Seixal”, apontam as comissões, “é imperativa a construção de um novo hospital no Seixal, que venha aliviar o serviço em Almada”, defendendo ainda “um maior investimento nos cuidados de saúde primários e a contratação de profissionais de Saúde com melhores condições”.
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