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Utentes da Carris Metropolitana protestam em Almada: “O que era mau ficou péssimo”

Prometida “revolução” nos transportes rodoviários de Almada acabou por causar frustração nos utentes, que criticaram a supressão de carreiras, a redução de horários e a falta de informação. Indignação chegou à Assembleia Municipal. 

 

Cinco dias após o arranque do novo serviço da Carris Metropolitana, acumulam-se as queixas, as reclamações e cresce o sentimento de revolta de muitos almadenses face aos horários e rotas da nova rede de transporte rodoviário. A indignação levou esta terça-feira, dia 5 de julho, dezenas de munícipes à Assembleia Municipal de Almada, que criticaram as alterações nos percursos, a supressão de carreiras e a falta de informação em geral.

“O serviço está caótico. É necessário repor o serviço anterior e acrescentar novas carreiras, que façam a diferença”, disse ao ALMADENSE Anabela Rocha, que organizou um protesto junto ao auditório onde decorria a Assembleia Municipal, para exigir a reposição das carreiras anteriores e instar a uma resposta dos autarcas.

Em “choque” depois de ter visto “numerosas pessoas sem carreiras de manhã e à noite para regressarem para casa ou irem para o trabalho”, a munícipe lamentou também a eliminação de várias linhas importantes para os almadenses, nomeadamente as ligações ao Areeiro.  À escassez de carreiras, junta-se a falta de informação, que provocou nos últimos dias a confusão em locais como a estação ferroviária do Pragal, o terminal de Cacilhas ou o Almada Forum.

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“O serviço já era mau e ficou péssimo”, afirmou o munícipe Nuno Pinheiro durante a Assembleia Municipal, criticando também a ausência dos prometidos painéis informativos e o facto da nova frota a diesel não ser “mais amiga do ambiente”.

Também a falta de fiabilidade do serviço foi alvo de críticas. “O arranque da Carris Metropolitana tem sido pautado por vários incumprimentos de horários”, afirmou Marco Sargento, membro da Comissão de Utentes da Margem Sul.

Face à onda de protestos, que na manhã de terça-feira se estenderam ao Monte de Caparica, o presidente da Assembleia Municipal, José Joaquim Leitão, prometeu “a realização de uma sessão pública de esclarecimento em que estejam os munícipes, a Câmara, a Assembleia Municipal e os responsáveis da Carris Metropolitana”. No entanto, a promessa não convenceu os munícipes, para quem “as sessões de esclarecimento deveriam ter sido feitas antes e não depois” do arranque da operação. “Não queremos ser esclarecidos, queremos a reposição de horários”, afirmou uma utente.

 

TML promete “correções” na oferta até sexta-feira

Presente na sessão, o presidente da Transportes Metropolitanos de Lisboa, Faustino Gomes, admitiu dificuldades na implementação da nova rede e falhas na qualidade da comunicação ao público, tendo prometido “correções” na oferta da Carris Metropolitana até sexta-feira.

“A TML respeita as pessoas. Estamos a rever as reivindicações dos utentes para podermos atuar. Cada pessoa que fica na paragem mal servida é uma pessoa que tem razão”, pelo que o lema atual da TML é “monitorizar e corrigir”, afirmou o responsável.

No entanto, adiantou que há alterações mais estruturantes que “não é possível fazer de um momento para o outro” devido aos meios existentes, nomeadamente porque “não há um número de motoristas suficiente para fazer uma alteração radical da rede”.

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Por sua vez, a presidente da Câmara Municipal de Almada, Inês de Medeiros, disse partilhar “o sentimento de frustração em relação ao início desta operação”, mas reafirmou que “quando toda a operação estiver concluída se vai traduzir em mais oferta e mais cobertura”. Admitindo que neste momento a operação “não está na sua totalidade”, e que há existem “buracos” nos horários que “não são aceitáveis”, a autarca adiantou que “estão acordados 39 novos horários de carreiras, nomeadamente os horários mais tardios e horários de madrugada”, a implementar nos próximos dias.

Sobre a eliminação das carreiras para o Areeiro, Inês de Medeiros recordou que se trata de uma decisão da Câmara Municipal de Lisboa, afirmando que “Almada ainda não manda no território de Lisboa”.

 

Com Alexandre Quintela da Silva

 

https://almadense.sapo.pt/mobilidade/carris-metropolitana-utentes-do-monte-de-caparica-exigem-mais-carreiras-e-horarios/

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