O automóvel continua a ser o meio de transporte mais escolhido pelos almadenses que se deslocam para o trabalho ou para a escola. Mas também há mais pessoas a andarem a pé e de bicicleta, indicam os dados do INE.
As viagens de autocarro no concelho de Almada diminuíram 26% em dez anos, indicam os dados dos Censos 2021 divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), analisados pelo ALMADENSE. Se em 2011 havia perto de 18 mil almadenses utilizadores diários deste transporte público para se deslocarem de casa para o local de trabalho, o número caiu para apenas 13 mil no ano de 2021.
Dada a descida, neste momento apenas 14,3% dos residentes no concelho utiliza o autocarro para ir trabalhar. A freguesia de Caparica e Trafaria foi aquela em que mais moradores abandonaram este meio de transporte no seu dia-a-dia: a utilização caiu 34%, de 3764 utentes há dez anos para apenas 2490 em 2021.
O decréscimo poderá estar relacionado com a progressiva deterioração da qualidade do serviço rodoviário de transporte no concelho, mas ainda não reflete ainda o impacto da introdução da Carris Metropolitana, que entrou em funcionamento em julho de 2022.
Metade dos almadenses desloca-se de automóvel
O automóvel continua a ser o meio de transporte mais escolhido por quem se desloca para o trabalho ou para a escola no concelho, sendo utilizado por 50% dos almadenses, quer seja como condutor (35,3%) ou como passageiro (14,8%), indicam os dados do INE. Embora elevada, a percentagem encontra-se abaixo da média do país, em que dois terços escolhe o veículo privado para ir trabalhar.
De resto, há em Almada mais pessoas a fazerem a pé o percurso para o trabalho ou escola (17,2%), do que no conjunto do país, onde a média se situa nos 15,7%. Nas freguesias urbanas de Almada, Cova da Piedade, Pragal e Cacilhas, a percentagem sobe mesmo para os 23,4%.

Embora o número de utilizadores de bicicleta tenha praticamente duplicado em dez anos (de 230 para 414 em 2021), a percentagem de pessoas que utiliza este modo de transporte suave mantém-se muito baixa, representando apenas 0,44% do total de movimentos pendulares, uma realidade relacionada com a falta de uma infraestrutura ciclável segura para os utilizadores do concelho.
Quanto à utilização diária do metro no concelho de Almada, sofreu uma quebra de 8,6%, passando de 3666 utentes em 2011 para 3350 em 2021.
De acordo com os Censos, o barco e o comboio foram os únicos meios de transporte público a registar um aumento nos utentes, sendo o mais expressivo a do barco, com uma subida de 11% (de 1851 utilizadores em 2011 para 2053 em 2022). Apesar da subida, apenas 2,2% dos almadenses escolhe o barco todos os dias para ir trabalhar ou estudar.
Já a percentagem que utiliza o comboio diariamente é um pouco superior (8,5%), sendo que os utentes do meio ferroviário subiram de 7642 em 2011 para um total de 7881 utilizadores frequentes em 2021, o que representa um incremento de 3,1%.
No seu conjunto, os residentes em Almada demoram em média cerca de 27 minutos a chegar ao trabalho,
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