“O facto das enfermeiras instrumentistas do bloco já estarem treinadas também contribuiu para o sucesso das cirurgias”, acrescentou a profissional.
As intervenções contaram com a colaboração de Henrique Nabais, especialista da Fundação Champalimaud, que contribuiu para garantir “os mais elevados padrões de exigência e qualidade”, sublinhou a ULSAS.
De acordo com a unidade de saúde, a cirurgia robótica traz benefícios para as utentes, garantindo nomeadamente uma recuperação mais rápida, menor dor no pós-operatório, internamentos mais curtos e um risco reduzido de complicações e infeções hospitalares.
Do ponto de vista dos profissionais, esta nova etapa também representa um avanço significativo. “É o completar do percurso cirúrgico. Comecei a trabalhar com cirurgia convencional, e depois laparoscópica, onde já sou diferenciada. Este é um passo mais além”, refere Berta Lopez.
Para Pedro Correia Azevedo, presidente do Conselho de Administração da ULSAS, este marco representa um investimento no futuro dos cuidados de saúde na região: “O arranque da cirurgia robótica na área da Ginecologia representa uma inovação extraordinariamente importante para as utentes que servimos e também para os nossos profissionais, na medida em que contribui para o seu crescimento. Depois da Urologia, da Cirurgia Geral e da ORL, a ULSAS presta agora cuidados de saúde de última geração também na Ginecologia”, referiu o responsável, citado em comunicado.
O sistema robótico da Vinci Xi, instalado em outubro de 2024, resultou de um investimento de 1,9 milhões de euros, cofinanciado pela União Europeia no âmbito do programa NextGenerationEU. Após a formação das equipas, a cirurgia robótica arrancou no final de fevereiro, começando pelas especialidades de Cirurgia Geral e Urologia, seguindo-se a ORL e, agora, a Ginecologia.
Só em setembro as urgências de obstetrícia funcionarão em pleno no Hospital Garcia de Orta