Concertos, dança (para ver ou para praticar), oficinas e Green Market são algumas das sugestões do ALMADENSE para esta semana.
Esta quinta-feira, por todo o país, viveu-se uma verdadeira festa da democracia: do Marquês de Pombal até Almada, passando por um concerto espontâneo de cante alentejano no cacilheiro, onde se ouviu “25 de Abril sempre, fascismo nunca mais!”, muitos foram os momentos que ficarão para a história. Na margem sul do Tejo continuam as comemorações, com concertos dos The Black Mamba e dos “Anónimos de Abril”, na Sobreda, oficinas para crianças e adultos ou música clássica. Começa ainda a mostra internacional de dança Transborda, com espetáculos, oficinas e conversas. Ao todo, temos 14 ideias para absorver o espírito da cidade.
1. Celebrar o dia da dança com um espetáculo
Nos dias 26 e 27 de abril, às 21h, a Ca.DA – Companhia de Dança de Almada assinala o Dia da Dança com um espetáculo especial na Academia Almadense. Integrando as peças apresentadas pelo grupo no Adágio – Encontro Internacional de Dança de 2024, onde ganhou o prémio de Melhor Coreografia, o espetáculo guia-se pela “Dança de Ação”, conceito de Jean-Georges Noverre que procura a comunicação de sentimentos, valores e emoções entre artista e espetador.
Os bilhetes têm o valor de 5 euros (com entrada gratuita até aos 6 anos), podendo ser adquiridos no local ou reservados através do e-mail escola@cdanca-almada.pt.
2. Dar um pezinho de dança na Trafaria
Na sexta-feira, 26 de abril, vá até à Trafaria para uma festa latina com o DJ João Gomes, com direito a Salsa, Kizomba e Bachata. Entre ritmos cubanos, dominicanos e angolanos, o Casino da Recreios Desportivos da Trafaria vai encher-se de música à partir das 22h, convidando dançarinos experientes ou iniciantes. A entrada é livre.
3. Mexer em barro no Solar dos Zagallos
Na manhã de sábado, 27 de abril, vá até ao Solar dos Zagallos participar numa oficina de olaria “dos 11 aos 111 anos”, como indica a organização. Esta oficina com início marcado para as 10h vai pôr todos a mexer no barro, ensinando algumas técnicas que vão resultar em peças únicas, inspiradas nos elementos do jardim. A oficina gratuita é de inscrição obrigatória, através do e-mail solar@cm-almada.pt.
No Solar, aproveite o último dia para ver a exposição “Madrugada”, da autoria de Fátima Frade Reis. Inspirada no famoso verso de Sophia de Mello Breyner Andresen, a artista procura as linhas, gravuras, reflexos e estruturas da promessa de Abril, ensaiando o “dia inicial inteiro e limpo”.
4. Viver a primavera no Green Market
Neste fim de semana, a partir das 10h de 27 de abril, há nova edição do Green Market no Parque da Paz, desta vez dedicado à primavera. Para além das várias bancas com cosméticos, artesanato, alimentação e plantas, tudo de produção sustentável, haverá atividades gratuitas como a oficina “Aromaterapia de primavera”, às 15h de sábado, ou “Plantar leguminosas”, às 10h30 de domingo.
5. Aprender mais sobre política com os jovens
No sábado, 27 de abril, Almada vai ser ponto de encontro para jovens decisores, no âmbito do projeto “Somos decisores! Não apenas vozes!”, que traz à cidade jovens de todo o país de 24 de abril a 1 de maio. Aberto a toda a comunidade, o encontro no Auditório Fernando Lopes-Graça permite a todos “aprender mais sobre como funcionam os mecanismos políticos, a participação democrática ou o Parlamento Europeu”, conta Ana Rita Seirôco, presidente da Associação Novo Mundo. O encontro terá lugar das 10h às 17h. A participação é gratuita, com inscrição através de formulário.
6. Voar nas “Asas da Liberdade” através da leitura
A 27 de abril, às 15h, o Museu de Almada – Casa da Cidade recebe uma sessão de contos para famílias, desta vez dedicada ao tema da Liberdade. Na semana em que se comemoram os 50 anos do 25 de Abril, “Asas da Liberdade” dá a conhecer os vários rostos, corpos, cores, formas e feitios deste valor, através da mediação de Ângela Ribeiro. A iniciativa é gratuita, com inscrição obrigatória através do e-mail museus.comunica@cm-almada.pt.
7. Levar os mais novos a uma oficina de teatro
No sábado, dia 27 de abril, o Teatro Municipal Joaquim Benite convida as crianças a participar na oficina “Mais drama, por favor!”. Com a orientação da formadora teatral Joana Sabala, os mais novos vão descobrir os vários elementos que fazem parte do trabalho de um ator, desde movimento e voz à expressão não-verbal e improvisação.
A atividade tem lugar às 15h (dos 5 aos 8 anos) e às 16h (dos 9 aos 12 anos). A inscrição tem o valor de 5 euros (2,5 euros para os jovens membros do Clube de Amigos) e pode ser feita através do telefone 917 433 120 ou do e-mail bilheteira@ctalmada.pt.
8. Combater o desperdício em comunidade
Também a 27 de abril, às 16h, a Biblioteca Central recebe uma conversa sobre desperdício e como evitá-lo, com a criadora da página “Ana, go slowly” Ana Milhazes. Nesta conversa, a fundadora do “Lixo Zero Portugal” vai abordar temas como o consumo ponderado e a desaceleração do estilo de vida, promovendo práticas conscientes para um mundo mais sustentável. A entrada é livre.
9. Ir a uma festa com vista para a praia
No dia 27 de abril, a partir das 17h e até às 3 da manhã, o Palms Dr. Bernard na Costa da Caparica vai transformar-se em pista de dança para a festa “Embassy of Dub #14”. Entre terra, céu e mar, a festa de dança de música eletrónica é organizada pela Nomad Embassy, responsável por várias noites do género musical dubstep em Almada e Lisboa. A entrada tem o valor de 10 euros e pode ser adquirida à porta.
10. Ver um espetáculo da Transborda – mostra internacional de dança
É já a 27 de abril que começa a Transborda – mostra de artes performativas de Almada. Às 21h de sábado, 27 de abril, e 16h de domingo, 28 de abril, Rafael Alvarez traz ao Teatro Municipal Joaquim Benite “Mono-no-aware”, espetáculo de dança inspirado na expressão japonesa que significa “uma empatia para com as coisas”.
O espetáculo “interpela e convoca diferentes materiais imagéticos e poéticos, partindo deste lugar de memória e evocação, e simultaneamente de aceitação e contemplação do tempo presente e da sua transitoriedade”, pode ler-se no programa. Os bilhetes têm o valor de 10 euros, com desconto para jovens e seniores, e podem ser adquiridos aqui.
Ainda antes, às 19h de sábado, há espetáculo gratuito no Ponto de Encontro, em Cacilhas. “Presentes”, de Cristian Duarte e Aline Bonamin , é um trabalho em progresso que investiga memórias físico-afetivas através do movimento. As reservas devem ser feitas através do e-mail casadadanca@casadadanca.pt.
11. Ouvir livros censurados à noite
No sábado, 27 de abril, às 21h, a Biblioteca Central de Almada abre portas para uma “Noite dos livros censurados”, celebração da Literatura e do seu papel indispensável no derrubar do regime fascista. Num cenário informal, vão ser lidos autores “que foram e continuam a ser censurados ou banidos”, indica a organização, lembrando que “os livros não são para ser venerados, nem fechados em armários”, mas sim lidos e manuseados como matéria fértil que são. A iniciativa, a nível nacional, integra-se nas Comemorações Oficiais dos 50 Anos do 25 de Abril. A entrada é livre.
12. Lembrar Zeca Afonso no Convento dos Capuchos
Também a 27 de abril, às 21h, o Convento dos Capuchos recebe “Outro Tempo”, concerto de homenagem a José Afonso ao som do piano e voz de Emanuel Andrade e José Pedro Gil. Passando por alguns dos temas que marcaram a Revolução de Abril, o concerto conta ainda com violino, viola d’arco, violoncelo e com a participação especial de Marcos Alves.
A entrada é gratuita, com levantamento prévio de bilhete no dia do espetáculo.
13. Celebrar a liberdade com The Black Mamba e “Anónimos de Abril”
A 27 e 28 de abril, o Parque Multiusos da Sobreda recebe The Black Mamba e “Anónimos de Abril” para comemorar a Revolução dos Cravos. A banda de blues, soul e funk The black Mamba sobe ao palco no sábado, dia 27, às 21h30, prometendo uma noite vibrante em que não faltará o tema “Love is on my side”, que valeu ao grupo a vitória no Festival da Canção 2021.
Já no domingo, às 18h, lugar o concerto do projeto “Anónimos de Abril”, que destaca 15 figuras ligadas à Revolução dos Cravos que, embora fundamentais na resistência ao regime do Estado Novo, ficaram apenas nos rodapés da História.
Intitulado “50 anos de Liberdade”, o festival insere-se nas comemorações dos 50 anos do 25 de Abril e conta com organização da Junta de Freguesia da Charneca de Caparica e Sobreda. A entrada é livre.
14. Escolher entre filme e livro (e falar dos dois)
Nos dias 29 e 30 de abril, às 21h, a Biblioteca Central recebe mais uma sessão de “O filme é melhor do que o livro?”, desta vez dedicada a “O Delfim”. No dia 29, pode assistir ao filme homónimo de Fernando Lopes; já a 30 de abril, há discussão do filme e do livro de José Cardoso Pires. Escrito no fim do salazarismo, “O Delfim” contorna a censura e aborda temas como o machismo, o racismo ou a homossexualidade, retratando criticamente a sociedade e os costumes da época. A atividade é dinamizada por Davide Freitas e conta com entrada livre.
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