Quinta-feira, Maio 16, 2024
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Instituto Piaget homenageia António de Almeida Santos

Jurista, político e autor, Almeida Santos foi uma personalidade fundamental da vida democrática portuguesa.

 

O Instituto Piaget vai homenagear, a título póstumo, o jurista, político e autor António de Almeida Santos já esta sexta-feira, dia 3 de maio. A iniciativa decorre em sessão solene a partir das 14 horas, no Campus Universitário de Viseu, um dos quatro polos académicos do Instituto em Portugal, a par de Silves, Almada e Vila Nova de Gaia.

“Personalidade fundamental da história recente de Portugal e da vida democrática do País, António de Almeida Santos foi também uma figura sempre próxima do Instituto Piaget”, por quem nutria uma simpatia especial, assinala a instituição de ensino, em comunicado enviado às redações. É dele a frase “tenho, pelo Instituto Piaget, uma bem justificada admiração. É hoje uma organização de raro perfil e crescente projeção educativa nos quatro cantos do espaço lusófono”.

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Entre as personalidades que intervirão na cerimónia conta-se Maria de Belém Roseira, ex-ministra da Saúde, que fará uma alocução sobre o tema “António de Almeida Santos – ao serviço de Portugal”.

Também os presidentes das Câmaras Municipais de Viseu, Fernando Ruas, e de Seia, António Luciano Ribeiro, intervirão na sessão solene. Este último partilhará com Fernando Paulo Batista, membro da Academia de Letras e Artes Lusófonas e membro da Academia de Ciências de Lisboa, uma intervenção sobre “António de Almeida Santos – no espaço da língua portuguesa”.  Fernando Ruas, por seu turno, falará sobre o tema “António de Almeida Santos e o Instituto Piaget”, sendo acompanhado pelo presidente do Instituto, António Oliveira Cruz.

Com uma longa carreira como advogado, Almeida Santos foi ministro após o 25 de Abril em vários Governos Provisórios e em vários Governos Constitucionais, tendo desempenhado um papel relevante nas revisões constitucionais de 1982 e 1988/1989. Destacado dirigente partidário, foi nomeado, em outubro de 1995, para o cargo de presidente da Assembleia da República e nessa condição visitou o Instituto Piaget por mais do que uma vez. Foi presidente honorário do Partido Socialista de 2011 até à data da sua morte, a 18 de janeiro de 2016.

Deixou também uma extensa obra publicada. Alguns dos seus livros foram editados pelo Instituto Piaget, entre os quais “A Globalização: Um Processo em Desenvolvimento”, “Uma Visão Integrada do Sistema de Ensino” e “A Difícil Construção do Estado nos Novos Países Africanos”, entre outros.

Viveu em Moçambique mais de 20 anos, entre 1953 e 1974, onde se destacou como opositor à então administração colonial, vindo mais tarde a acompanhar o processo de criação das várias Universidades Jean Piaget no universo lusófono. Participou, assim, na inauguração da Universidade Jean Piaget na cidade da Beira, em Moçambique, com o então chefe de Estado moçambicano, Armando Guebuza, e esteve igualmente com o Instituto Piaget em Angola e em Cabo Verde.

Em Luanda, chegou a dizer publicamente que o Instituto Piaget era a instituição que melhor representava o espírito da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). Um facto que o Instituto Piaget agora destaca na justa homenagem que pretende fazer a uma personalidade presente na memória coletiva pelos seus gestos de afeto, de generosidade e de atenção aos outros.

 

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