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80 utentes com alta clínica permanecem internados no Garcia de Orta por não terem para onde ir

NOTÍCIA ALMADENSE

Caso mais prolongado é o de um utente que aguarda vaga em Lar Residencial há três anos e sete meses. A situação está a criar dificuldades na gestão diária das vagas hospitalares, além de aumentar os riscos relacionados com o controlo de infeções.

 

O Hospital Garcia de Orta (HGO), em Almada, tem atualmente 80 camas ocupadas por utentes que já tiveram alta clínica, mas que não têm para onde ser encaminhados. A informação foi fornecida ao ALMADENSE por fonte oficial da Unidade de Saúde Local de Almada-Seixal (ULSAS).

Segundo a mesma fonte, 40 destes internamentos correpondem a utentes aguardam vaga numa Estrutura Residencial para Pessoas Idosas (ERPI), e seis a pessoas que esperam vaga em Lar Residencial (resposta destinada à área da deficiência).

A estes, somam-se 20 utentes que aguardam vaga na Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI), elevando para 66 o número de pessoas à espera de respostas sociais ou de cuidados continuados. Há ainda utentes cuja situação depende de outras entidades, como a Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA), ou da reorganização do apoio familiar, centros de dia ou serviços de apoio domiciliário.

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Tempos de espera chegam a mais de três anos

Na unidade hospitalar de Almada, o tempo médio de espera destes internamentos sociais “ronda um a dois anos”. De acordo com a ULSAS “o utente que aguarda há mais tempo vaga em Lar Residencial, está no HGO há três anos e sete meses”. Já “o utente que aguarda vaga em ERPI há mais tempo está internado no HGO há quase três anos”.

O fenómeno do protelamento de altas está a criar constrangimentos na unidade hospitalar. “Estes utentes com alta clínica internados nos serviços de internamento acabam por ocupar camas que deveriam estar a ser ocupadas por utentes com condição clínica que assim o justifique”, indica a mesma fonte ao ALMADENSE, admitindo que esta realidade se traduz numa “enorme dificuldade diária em gerir as vagas hospitalares, além de comportar riscos ao nível do controlo de infeção”.

 

Reuniões com autarquias e instituições para encontrar soluções

Para tentar mitigar o problema, o Conselho de Administração da ULSAS, em articulação com o Serviço Social (SS) e o Serviço de Urgência Geral (SUG), reuniu recentemente com a ação social da Câmara Municipal de Almada e com diversas instituições dos concelhos de Almada e Seixal. O objetivo é “melhorar a articulação e, assim, dar uma melhor resposta a estes casos”.

A ULSAS indica ainda estar a reforçar o trabalho conjunto com o Ministério Público, nomeadamente nos processos enquadrados no regime do maior acompanhado, de forma a torná-los mais céleres.

Paralelamente, o Serviço Social da ULSAS mantém também uma articulação diária com instituições sociais, autarquias, Segurança Social e AIMA, com o objetivo de resolver cada situação de protelamento de alta “com a maior celeridade possível”.

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Para aliviar a pressão sobre os internamentos e sobre o Serviço de Urgência Geral, a ULSAS confirma que tem contratualizado camas no exterior, procurando respostas transitórias enquanto não surgem vagas definitivas nas estruturas da comunidade.

 

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