Na base dos constrangimentos está o recente ataque informático sofrido pelo o Hospital de Almada, que causou a perda dos processos eletrónicos clínicos dos utentes.
Utentes do Hospital Garcia da Orta, em Almada, estão a ser obrigados a refazer exames após o ciberataque ocorrido há mais de um mês. “Primeiro a minha consulta foi adiada e depois remarcaram-me uma colonoscopia que já tinha feito em fevereiro”, contou Alice Palma, residente em Almada e utente no Hospital Garcia da Orta há oito anos, ao ALMADENSE.
O Hospital Garcia da Orta foi vítima de um ciberataque que afetou o programa informático que gere os processos eletrónicos clínicos, limitando o acesso à informação clínica dos utentes, assim como entradas, saídas, consultas, exames e cirurgias. Nessa altura, ativou os planos de contingência, assegurando os registos clínicos em papel e pedindo aos utentes para levarem toda a informação que tenham disponível fisicamente.
Num comunicado, o hospital afirmou recentemente que por enquanto não existem evidências de que os dados dos utentes estejam em perigo. No entanto, alguns utentes não se sentem seguros. “Com esta situação, uma pessoa fica com receio pela sua informação, é um constrangimento grande refazer os exames”, disse Alice Palma.
Apesar dos constrangimentos em relação à informação, a maioria dos utentes mostrou-se contente com o atendimento, dizendo que foi “idêntico” às últimas visitas pré-ciberataque. No entanto, há também quem receie ver as consultas adiadas e exames remarcados mais que uma vez.
O ALMADENSE contactou o Hospital Garcia de Orta para obter mais informações sobre a situação decorrente do ataque informático, mas não obteve resposta.
https://almadense.sapo.pt/cidade/ataque-informatico-hospital-garcia-da-orta-continua-em-situacao-de-contingencia/