Apesar da tendência de estabilização, preços continuam “atrativos para os senhorios”, apontam agentes imobiliários que atuam no concelho de Almada.
Almada é o sétimo município mais caro do país no que toca ao arrendamento, tendo apresentado no primeiro semestre deste ano um preço médio de 8 euros por metro quadrado. De acordo com os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística, as rendas no concelho subiram 9,5% quando se compara com os valores praticados no mesmo período de 2019 (quando o valor médio se fixava em 7,32 euros).
“Continua a haver mais pessoas à procura de arrendamentos do que casas no mercado de arrendamento. Enquanto isso acontecer, é a lei da oferta e da procura”, afirma Sofia Martins, consultora da Remax, em declarações ao ALMADENSE.
A subida homóloga verifica-se apesar da quebra verificada entre o primeiro e segundo trimestres de 2020, refletindo os efeitos da pandemia de Covid-19 no mercado imobiliário, indica o INE.
No entanto, junto dos operadores a percepção é sobretudo de estabilização. Admitindo que possa haver haver “uma fatia do alojamento local transformada em arrendamento de longa duração”, gerando dessa forma “mais oferta”, Sofia Martins indica que “para já os preços continuam bastante atrativos para os senhorios”.
Continua a haver “muita procura, tanto de portugueses como de estrangeiros”, aponta a consultora da Remax, para quem o mercado imobiliário em Almada é muito atrativo, devido aos “bons acessos a Lisboa”, mas também tendo em conta a oferta de “comércio, serviços, escolas, vida cultural e entretenimento”, sublinha.
Almada é o sétimo município com rendas mais altas em todo o país, muito perto de Odivelas, que surge em sexto lugar. A lista é encabeçada por Lisboa, seguindo-se Cascais, Oeiras, Porto e Amadora. Amédia nacional situa-se nos 5,47 euros por metro quadrado.
Texto: Maria João Morais e Hugo Casaca
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