Além dos nove palcos que darão vida ao festival organizado pela Companhia de Teatro de Almada, haverá outros onde se pode ouvir sonoridades diferentes ou conversar com os artistas.
Entre os dias 4 e 18 de julho, a esplanada da Escola D. António da Costa e a Casa da Cerca, recebem concertos, colóquios, exposições e até um curso de teatro. As iniciativas decorrem em paralelo com a 42.ª edição do Festival de Almada, organizado pela Companhia de Teatro de Almada.
Entre as atividades previstas, haverá muita música de fusão, uma homenagem à atriz Lia Gama e conversas alusivas aos 500 anos do nascimento de Luís Vaz de Camões.. À exceção do curso de teatro, as atividades são gratuitas.
Música na esplanada com entrada livre
Durante todo o festival, todos os dias há sonoridades na esplanada da Escola D. António da Costa para animar estas noites de julho.
Para os fãs de jazz, o evento arranca com um concerto de Gerajazz, um projeto musical dedicado à ação e desenvolvimento social através da música. O guitarrista de ascendência luso-angolana Miguel Pereira, conhecido como Soul, vai misturar de ritmos ancestrais (como o semba) com jazz e blues e Plasticine combina world music com influências de jazz, funk, soul, rock e afro beat. Sobe ao palco esta sexta-feira, dia 4 de julho, às 20h30.
De Itália chega o projeto musical Teresina (sábado, às 20h), que junta a voz à concertina, pandeireta e lira de Teresa Corrado. A artista vem acompanhada pelas percussões do catalão Jordi Torrents, as guitarras e gaita de Sina Shirazi do Irão ou Sana Cissokho, músico senegalês, com a harpa africana de 22 cordas.
Na mesma noite, segue-se, às 23h, a atuação de Mazgani, artista de origem iraniana radicado em Portugal, que vem apresentar o novo álbum, “Cidade de Cinema”.
As misturas e multiculturalidade continuam com banda Džezva (11 de julho, às 20h) um grupo lisboeta que revisita a música tradicional da região dos Balcãs com improvisação e influências do jazz. Do Porto chega Curcumbia, (12 de julho, às 20h), banda com raízes chilenas, argentinas, portuguesas, brasileiras e italianas.
Conversas na Esplanada e na Casa da Cerca
Durante as duas semanas do festival, pelas 18h na esplanada da Escola D. António da Costa, os espetadores terão a oportunidade falar com artistas como Diogo Infante, Tomás Taborda, o ator neerlandês Thomas van Ouwerkerk, Teresa Gafeira, e outros.
Na Casa da Cerca, terá lugar uma iniciativa alusiva aos 500 anos do nascimento de Luís Vaz de Camões, organizada em conjunto com a Comissão para as Comemorações do V Centenário do Nascimento de Luís de Camões, onde escritores, coreógrafos, historiógrafos e jornalistas estarão à conversa sobre o importante contributo do poeta na cultura portuguesa.
Exposições e uma homenagem
A atriz de teatro e televisão Lia Gama será homenageada com a instalação “Na Casa dos Espelhos” com a conceção plástica de José Manuel Castanheira. A inauguração terá lugar a 4 de julho pelas 21h no átrio da Escola D. António da Costa.
A exposição documental “Espetáculos de Honra, Escolhas do Público” apresentará as escolhas do público relativamente às peças de teatro trazidas aos festivais de Almada. Este ano, o público será novamente chamado a votar na peça que gostava de ver na próxima edição.
Na galeria do Teatro Municipal Joaquim Benite (TMJB) será inaugurada a exposição “Linogravuras” de Jorge Nesbitt.
Formação “Sentido dos Mestres”
O ano 2025 conta com mais uma rubrica do curso “Sentido dos Mestres”, sob o lema “Literatura em chamas” de Alberto Conejero López. Para se inscrever, deverá enviar currículo e carta de motivação para geral@ctalmada.pt. O curso terá um custo de 20€ (10€ para Assinantes do Festival).