Até aqui diretora do Fundo Ambiental, gestora deverá assumir funções como presidente do conselho de administração da Transtejo/Soflusa no próximo dia 13 de maio.
Alexandra Carvalho, diretora do Fundo Ambiental desde 2017, será a nova presidente do conselho de adminstração da Transtejo/Soflusa, enquanto que Alexandre Santos ocupará o lugar de vogal com o pelouro da área financeira. Ambos os gestores deverão assumir funções no próximo dia 13 de maio.
O anúncio foi feito pelos Ministérios do Ambiente e das Finanças, que referem que “os dois nomes já receberam parecer favorável da comissão de recrutamento e seleção da administração pública”. Quanto ao terceiro elemento do conselho de administração da empresa, “será indicado em breve”, referem as duas tutelas.
Alexandra Carvalho e Alexandre Santos foram nomeados cerca de um mês após a demissão da anterior administração, na sequência da controvérsia em torno da compra de navios elétricos sem baterias.
Marina Ferreira, anterior presidente do conselho de administração da Transtejo demitiu-se depois da divulgação de um acórdão muito crítico por parte do Tribunal de Contas, que chumbou a aquisição, por ajuste direto, de baterias elétricas no valor de 15 milhões de euros, culpabilizando a aministração da empresa pública.
Em causa está o facto da Transtejo ter comprado, através de um concurso público internacional, dez navios elétricos por 52,4 milhões de euros, mas ter adiado para mais tarde a compra das baterias de nove das embarcações, que não podem funcionar sem as baterias.
“A Transtejo comprou um navio completo e nove navios incompletos, sem poderem funcionar, porque não estavam dotados de baterias necessárias para o efeito. O mesmo seria, com as devidas adaptações, comprar um automóvel sem motor, uma moto sem rodas ou uma bicicleta sem pedais, reservando-se para um procedimento posterior a sua aquisição”, escreveu na altura o Tribunal de Contas num acórdão divulgado no passado dia 15 de março.
https://almadense.sapo.pt/mobilidade/tribunal-de-contas-chumba-compra-de-baterias-eletricas-para-os-novos-barcos-da-transtejo/