Ativaclinic e Pontolab: o marketing digital no Quarteirão das Artes

A Novalmadavelha – Agência de Desenvolvimento Local gere as incubadoras de empresas no centro histórico de Almada: o Quarteirão das Artes e o Núcleo Empresarial. Hoje destacamos duas das empresas residentes, a Ativaclinic e a Pontolab, que têm em comum o marketing digital.

Ativaclinic

“Intensificamos o potencial do cliente”. É com esta frase que Sérgio Nunes, um dos dois sócios-fundadores da Ativaclinic, resume o papel da agência de marketing digital junto dos seus clientes.

Especializada em clínicas de estética e clínicas dentárias, a consultora está vocacionada para acelerar o negócio dos seus clientes, ajudando-os a posicionarem-se no mundo digital através de uma estratégia de marketing bem delineada.

A diferenciação no mercado é destacada por um trabalho integrado, que incide desde a perceção da identidade do cliente à formação das equipas comerciais, criando a estratégia de marketing vocacionada e acompanhando todo o processo de venda, numa abordagem “adaptada às necessidades do cliente”, sublinha Sérgio Nunes.

A Ativaclinic nasceu há cerca de dois anos, a partir de uma ideia que uniu Sérgio Nunes, natural de Belo Horizonte, que reside há cinco anos em Almada, e Gabriel Braga, nascido em Manaus. Os dois sócios conheceram-se online durante a pandemia e começaram a trabalhar juntos remotamente.

Depois acabaram por se juntar no Quarteirão das Artes (QA),  onde se instalaram em maio de 2022. Para a empresa, o mais importante é que as campanhas que colocam em marcha cheguem aos “clientes reais” e “tenham impacto concreto nos resultados” das clínicas.

Felizmente, os clientes da Ativaclinic “têm um elevado nível de consciência sobre a importância do marketing digital, por isso a nossa relação costuma fluir facilmente”, destaca o sócio fundador.

“Percebem a importância de ter uma forte presença online e de conversar com o público, usar a comunicação para atrair mais clientes”, aponta, por sua vez, Gabriel Braga.

Sobre a escolha do Quarteirão das Artes para instalar a empresa, apontam a estrutura do espaço e a possibilidade de usar as salas de reuniões para eventos. Além disso, a incubadora “potencia a troca de ideias, possibilita o contacto com empresários de setores diversificados e dá-nos a possibilidade de fazer networking e sinergias, o que é muito interessante”.

Já a ideia de criar uma empresa partiu do “desejo de evoluir”, conta Gabriel Braga. No entanto, acreditam que é mais difícil ser empreendedor em Portugal do que no Brasil. “Aqui é mais difícil começar do zero, é mais complicado escalar e ganhar dimensão”. Apesar dos desafios, e de estarem num setor bastante concorrencial, acreditam ter identificado “uma oportunidade” para se diferenciarem dos demais.

A experiência tem sido bem sucedida, o que já permitiu o alargamento da equipa: neste momento, a Ativaclinic conta com um total de sete elementos. Para além dos dois sócios fundadores, tem outros dois funcionários portugueses nas instalações do Quarteirão das Artes e três colaboradores a trabalhar remotamente a partir do Brasil.

Qual o segredo? Sérgio Nunes não tem dúvidas: “os nossos clientes podem comparar e verificar o crescimento que a nossa abordagem traz ao seu negócio”. Daí que o foco da empresa seja “sempre o resultado”, conclui.

Pontolab

A Pontolab, especializada na área da hotelaria e restauração, trata a implementação de negócios desde a estaca zero ou alterações de conceito ou produto, atuando de forma integrada em três áreas principais: produção de cozinha, gestão de restauração e hotelaria, e marketing digital. Uma consultora com caráter inovador, capaz de definir toda a estratégia de um novo negócio, ou optimizar projectos existentes.

“Vendemos conhecimento, resolvemos problemas”, resume Nuno Ferreira, um dos sócios fundadores da consultora. “O importante é fazer com que as organizações tenham uma gestão integrada”, afirma.

Há cerca de um ano, Nuno juntou-se a Jorge Carmo e ao Chef Luís Brito (restaurante “A Ver Tavira”), detentor de uma estrela Michelin, para lançar a Pontolab. Na parte da cozinha, a consultora é capaz de definir o conceito do restaurante e estruturar o menu, formar equipas, para além de fazer um estudo sócio-económico e determinar o público-alvo a captar.

Com clientes um pouco por todo o país, garantem também formação na área dos vinhos e do serviço/cozinha e monitorizando o crescimento e a inovação dos negócios.

Depois de vários anos na área da publicidade —anteriormente trabalhou como Produtor e Realizador—Jorge Carmo tem agora a seu cargo o departamento de estratégia de marketing digital. Neste âmbito, a Pontolab desenvolve toda uma estratégia integrada, que pode passar por e-mail marketing, campanhas de SMS ou gestão de publicidade paga on-line.

Já Nuno Ferreira, que contava com um percurso na área financeira antes de enveredar pelo empreendedorismo e se tornar consultor e formador de food & beverage (comidas e bebidas). Agora, está satisfeito com a “informalidade que mantém no contacto com os parceiros”. Além disso, a “versatilidade” e a “capacidade técnica” do serviço que oferecem são fundamentais.

Por sua vez, Jorge Carmo destaca a importância da jornada do cliente num restaurante  “saber gerir os comentários nas plataformas digitais, sejam eles positivos ou negativos”.

No ano passado, escolheram o Quarteirão das Artes para se instalarem. Há muito ligados a Almada, quando conheceram o espaço não hesitaram. Destacando a qualidade das condições oferecidas, Jorge não tem dúvidas: “O mesmo espaço em Lisboa seria muito mais caro”, afirma, sublinhando que a Pontolab se consegue “diferenciar mais estando em Almada”. Além disso, “geram-se aqui sinergias, graças à colaboração com outras empresas incubadas, que são uma mais-valia”.

A decisão de criar a própria empresa também surgiu com naturalidade. Entre risos, Jorge admite que “Não podemos ficar sempre à espera do timing certo para arrancar…”, enquanto Nuno Ferreira garante que o “bichinho do empreendedorismo” acabou por falar mais alto, numa altura em que tinha perdido o interesse em estar numa estrutura “demasiado grande”.

Apesar de reconhecer que para se ser empresário em Portugal “temos de ter um pouco de loucura”, e do desafio ser grande, acreditam que a aventura tem valido a pena. A abordagem “disruptiva” que apresentam na relação que estabelecem com os parceiros tem feito com que diferenciem dentro do setor, o que tem dado frutos. Por isso, daqui para a frente, acreditam que “só podem crescer”.

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