Evento pretende fomentar a valorização dos mais velhos e unir as várias gerações.
O livro “Retratos de uma avó e um neto confinados em casa”, escrito por Alice Vieira e Nélson Mateus, é o mote para a tertúlia que vai decorrer esta quarta-feira, dia 11 de maio, às 15h, na Oficina da Cultura de Almada, situada na Av. Dom Nuno Álvares Pereira.
A partir do livro, que leva os leitores numa viagem pela História de Portugal, a sessão tem como objetivo fomentar a valorização dos mais velhos, o envelhecimento ativo e a relação entre avós e netos.
A ideia para o livro surgiu durante o confinamento, contou Nélson Mateus ao ALMADENSE. “Eu e a Alice somos pessoas que gostam muito de ir à rua. Como não podíamos sair, começámos a trocar cartas todos os dias, onde falávamos do passado e de memórias”, explicou.
“O objetivo da tertúlia é que os avós participantes, quando cheguem a casa, partilhem o que aprenderam com os netos e mostrem que ainda têm muito que ensinar. Vamos abordar a História de Portugal e várias personalidades que pertencem à cultura portuguesa, como Ruy de Carvalho, Júlio Isidro e muitos mais”, afirmou o autor.
A iniciativa nasceu através de um desafio lançado pela Universidade Sénior D. Sancho I de Almada. Além do livro, também serão abordados como temas a vida e obra de Alice Vieira, considerada uma das mais importantes autoras portuguesas de literatura juvenil.
Depois da tertúlia, Nélson Mateus pretende continuar a trazer a Almada iniciativas que contribuam para aprofundar a partilha intergeracional.
Nos planos do autor está a realização de reuniões entre avós e netos, tertúlias sobre temas relacionados com a valorização dos mais velhos e exposições sobre a vida e obra de Alice Vieira e Ruy de Carvalho, atividades para as quais está ainda a recolher apoios.
Na base da iniciativa está o projeto Retratos Contados, através do qual Nélson Mateus tem abordado a importância dos avós na vida dos netos e vice-versa, com o objetivo de dinamizar atividades para a terceira idade, de forma a combater a solidão e incentivar o envelhecimento ativo.
Os dois autores tornaram-se amigos através do projeto, quando Nélson Mateus entrevistou Alice Vieira, tendo mantido sempre o contacto. “Agora até nos tratamos por avó e neto, com a Alice a relembrar-me, de vez em quando, que não tem idade para ser minha avó”, disse o autor, entre risos.
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