Sofia Tonicher, residente em Almada
A Transtejo continua a praticar horários iguais ao período de confinamento total, não respondendo ao aumento exponencial de procura, motivado pelo retomar dos movimentos pendulares de trabalhadores e estudantes.
É com bastante incompreensão e preocupação que verifico que à medida que o país reabre e passa as diversas fases de desconfinamento, a Transtejo continua a praticar horários iguais ao período de confinamento total, com barcos de 30 em 30 minutos ou até de 45 em 45 minutos, em horas de ponta ou limítrofes, não respondendo ao aumento exponencial de procura, motivado pelo retomar dos movimentos pendulares de trabalhadores e estudantes.
E ainda que esteja a ser aplicada a regra teórica de que os navios apenas transportam 2/3 da sua capacidade (capacidade essa calculada com os lugares esconsos do porão do navio, que se já eram pouco procurados, numa altura destas ainda menos são), os barcos vão visivelmente com excesso de passageiros, sem qualquer hipótese de distanciamento social, em condições de arejamento muito precárias.
Entrando no barco das 9h30 ou no seguinte, às 10h00, é notório o desconforto de passageiros e tripulação pelas condições em que as viagens estão a ser feitas. Há várias semanas que tenho perguntado e visto outros passageiros a perguntar pela reposição dos horários aos diversos funcionários da Transtejo. Todos se lamentam pela falta de resposta e pela insensibilidade da administração da empresa e da tutela pela total apatia e demora em ajustar o seu serviço (público).
Já sabíamos há algum tempo que a Transtejo estava moribunda. Será que morreu de vez?
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