O novo concurso lançado hoje pela Transtejo prevê um investimento de 57 milhões para a aquisição de dez novas embarcações.
A Transtejo lançou hoje um novo concurso internacional para a aquisição de dez novas embarcações “100% elétricas” para assegurar as ligações fluviais entre a Margem Sul e Lisboa, anunciou a empresa em comunicado.
Com um investimento previsto na ordem dos 57 milhões de euros, o concurso prevê que a entrega dos novos navios aconteça “entre 2022 e 2024”.
O anúncio do novo concurso público surge no seguimento da anulação, em dezembro passado, do concurso para a compra de dez barcos a gás natural que previa a entrega de três navios já em 2021. Na altura, o cancelamento foi justificado com a falta de “demonstração pelos concorrentes do cumprimento dos requisitos de capacidade técnica exigidos”, segundo afirmou o secretário de Estado da Mobilidade, Eduardo Pinheiro, ao Jornal de Negócios.
Quanto à solução agora apresentada “articula-se com a estratégia nacional para as alterações climáticas e com os objetivos fixados para as metas de descarbonização da sociedade”, avançou a Transtejo. No entanto, a repetição do concurso fará com que chegada dos primeiros barcos, que irão substituir nomeadamente os que operam atualmente nos percursos Cacilhas-Cais do Sodré (que acumulam quase quatro décadas ao serviço da Transtejo), seja adiada pelo menos um ano.
Este “atraso de 12 meses na chegada dos primeiros barcos, agora apontada para 2022”, motivou as críticas por parte das comissões de utentes da Transtejo, que se mostram preocupadas com “a manutenção das atuais frotas da Transtejo e Soflusa”. Em dezembro, as comissões de utentes fizeram saber que enviaram uma carta ao primeiro-ministro, António Costa, questionando sobre o que fez o Governo para garantir que “o serviço público não volta a ser interrompido, nomeadamente quantos trabalhadores foram contratados e que verba foi destinada ao sector da manutenção”.