Dezenas de pessoas participaram numa concentração realizada no Monte da Caparica, para exigir um reforço no serviço da Carris Metropolitana.
“Embora o serviço não fosse perfeito, tínhamos a garantia de que de 20 em 20 minutos tínhamos um autocarro. Hoje em dia isso já não acontece”, diz ao ALMADENSE Mário Cunha, presidente da Associação de Moradores do Bairro do Matadouro. “Reduziram imenso as carreiras. Antes, entre as carreiras 124, 125, 126, 127 e 145 tínhamos sempre alternativas. Agora só temos uma ligação para a Marisol e com horários reduzidos”, afirmou.
O dirigente foi uma das dezenas de pessoas que esta terça-feira, dia 5 de julho, participaram numa concentração realizada no Monte da Caparica, para exigir um reforço no serviço da Carris Metropolitana e pedir a reposição das carreiras anteriores.
Segundo Mário Cunha, as novas carreiras “não servem” a população, afirmou, acrescentando que as linhas atuais da “Costa e do Fundo do Fomento” obrigam quem quer ir para Almada ou Cacilhas a “realizar transbordos para o metro ou para outro autocarro” porque o percurso termina no Hospital Garcia de Orta. “Este é um grande problema para quem não tem passe, mas também para os alunos que vão para a Escola Secundária Fernão Mendes Pinto, ou para os moradores da região, que perdem imenso tempo nestas trocas”, apontou.
Além disso, “alguns dos novos percursos obrigam grande parte da população a percorrer maior distância, com destaque para uma população envelhecida e uma das principais utentes de transportes públicos”, lê-se no comunicado, que apela à “correção da situação, de forma a que vá ao encontro das “necessidades da população”.
Também presente, o Bloco de Esquerda Almada exigiu “a reposição dos serviços suprimidos e uma reavaliação do plano da Carris Metropolitana, ajustado às necessidades da população”, lamentando que os “presidentes de junta e os utentes” não tenham sido “consultados para exporem as necessidades e realidades do município”.
Foto: Bloco de Esquerda Almada
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