Cineteatro e Cinema da Academia Almadense foram classificados como Imóveis de Interesse Municipal. Proposta foi aprovada em reunião de Câmara por unanimidade.
Os edifícios da Academia de Instrução e Recreio Familiar Almadense (cineteatro e cinema) foram reconhecidos com a classificação de Imóveis de Interesse Municipal. A decisão foi aprovada por unanimidade na reunião pública extraordinária da Câmara Municipal de Almada, realizada no passado dia 28 de Agosto.
Situados na rua Capitão Leitão, em Almada Velha, os dois imóveis são “testemunhos notáveis da história e das vivências da cidade”, destacou o vice-presidente da Câmara Municipal de Almada, João Couvaneiro. Além disso, possuem um valor patrimonial que contribui para a “identidade do concelho de Almada, em particular para o mais antigo núcleo histórico”, acrescentou o autarca, para quem o reconhecimento dos edifícios da Academia Almadense (entidade que este ano assinala os 125 anos de história) constitui um momento “muito feliz para o município de Almada”.
“São imóveis notáveis, que todos conhecemos e acarinhamos”, frisou, por sua vez, Miguel Salvado, vereador do PSD na Câmara Municipal, para quem deve “haver uma atenção especial por este tipo de locais emblemáticos”, para que no futuro possam ser “ainda mais valorizados”.
Movimento associativo também deve ser “preservado”
Já José Gonçalves, vereador da CDU, destacou que a importância dos imóveis reside no facto de serem “parte do nosso movimento associativo”, apontando que “não teriam essa relevância se não tivessem associações populares a assegurar o seu funcionamento, o seu dinamismo e a sua intervenção”. O responsável sublinhou, por isso, que este deve ser também o “momento do reconhecimento do nosso movimento associativo e do trabalho que faz”. Para o vereador, “é fundamental preservar os edifícios mas também é fundamental que se preserve a condição das associações, para que possam continuar a fazer o trabalho que fizeram até aqui”.
Uma ideia também subscrita por Joana Mortágua, vereadora do Bloco de Esquerda, que sublinhou que “mais do que a preservação do edifício”, importa “preservar a importância do associativismo na vida coletiva e comunitária de Almada”.