Hospital de Almada já apresentou ao Governo um plano de expansão no valor de 52 milhões de euros.
O parlamento recomendou ao Governo a ampliação do Hospital Garcia de Orta (HGO), em Almada, através da construção de um novo edifício e da requalificação das atuais instalações, consideradas insuficientes.
A resolução foi aprovada por unanimidade esta sexta-feira, dia 26 de novembro, último dia do plenário parlamentar. No documento, os parlamentares assinalam que em 1991 (ano da entrada em funcionamento do HGO), já as instalações eram desadequadas. “Quando o hospital foi inaugurado, este já se encontrava subdimensionado face às necessidades na prestação de cuidados de saúde, com o crescimento populacional nos concelhos da área de influência direta do hospital, a situação foi-se deteriorando”, salienta o PCP, que apresentou o documento.
Os deputados sublinharam ainda as atuais “dificuldades na prestação de cuidados de saúde aos utentes”, verificadas naquela unidade de saúde, que serve os concelhos de Almada e Seixal. Destacam serem frequentes as “situações de rutura devido à elevada afluência aos serviços do hospital e elevados tempos de espera, realidade que se foi agravando ao longo dos anos”.
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Nesse sentido, recomendam ao Governo “o desenvolvimento dos procedimentos necessários para a ampliação” do HGO, “nomeadamente através da construção de um novo edifício, dedicado às atividades de ambulatório, tendo em conta a desadequação das suas instalações face à população da sua área de abrangência e ao facto de ser o hospital de referência para a zona sul do país em diversas especialidades”.
HGO tem plano de expansão no valor de 52 milhões
Recorde-se que, em maio deste ano, o HGO apresentou ao Governo um projeto de modernização que inclui a construção de um novo edifício de ambulatório e representa um investimento global no valor de 52 milhões de euros, estando a aguardar a resposta do Governo.
Para além do novo edifício, cujo orçamento supera os 18 milhões de euros, o plano do hospital prevê ainda a remodelação e ampliação das instalações existentes, no valor próximo dos 15 milhões de euros. Deste montante, 5,6 milhões destinam-se a intervenções na área das urgências e unidades de cuidados intensivos e 10 milhões para a remodelação faseada dos internamentos. Estão ainda previstos 6,2 milhões para estudos técnicos, equipamento e reforço das instalações técnicas.
Na resolução agora aprovada pelo Parlamento, propõe-se que a ampliação ocorra de forma faseada: a primeira fase diz respeito à construção do novo edifício e à ampliação do serviço de urgências e, numa segunda fase, a requalificação das instalações “que permita uma reorganização dos serviços e valências”.
Quanto ao calendário, “a perspetiva é que o investimento possa ser concretizado de forma faseada ao longo de 9 anos”, acrescenta o documento.
Ao mesmo tempo, a resolução defende ainda que o Governo deve, “urgentemente, proceder à concretização do Hospital no Seixal”, para além de criar condições para a fixação de trabalhadores da saúde no HGO.