Que compromissos estão os partidos disponíveis para assumir com os almadenses? Esta foi uma das questões que o jornal ALMADENSE colocou aos partidos com representação parlamentar, no âmbito das atuais eleições legislativas. Entre os restantes temas relacionados com Almada contam-se a habitação, a mobilidade e os terrenos da Lisnave.
Aqui publicamos as respostas à questão:
Nesta última legislatura, que medida apresentou o seu partido na Assembleia da República que beneficia ou iria beneficiar o município de Almada e os almadenses? Que compromissos assume na defesa das necessidades e interesses do concelho e dos seus habitantes junto do Governo?
Nota: Seguindo as setas encontrará as respostas enviadas pelos partidos ao ALMADENSE. A ordenação dos mesmos foi feita segundo a votação obtida em Almada nas últimas eleições legislativas. O partido Chega não respondeu às questões.
Veja a resposta às outras questões:
Habitação Mobilidade Lisnave
Bloco de Esquerda
Durante a última legislatura, o Bloco de Esquerda apresentou várias iniciativas de âmbito nacional com vista à valorização dos serviços públicos, da mobilidade, do direito à habitação e em defesa dos trabalhadores e dos rendimentos das famílias. O Grupo Parlamentar do Bloco foi também protagonista de várias propostas e lutas em prol da população almadense.
O Bloco de Esquerda requereu a audição da Secretária de Estado da Mobilidade sobre a falta de investimento na manutenção do material circulante ferroviário e os constrangimentos no serviço da Fertagus, para além de ter apresentado diversas propostas em torno do investimento na Transtejo.
O Bloco liderou o debate em torno dos bairros precários no concelho, com propostas concretas para montantes específicos para o realojamento dessas comunidades. Foi por proposta do Bloco que, ao fim de tantos anos de reivindicação das populações do distrito, que foi orçamentada o concurso para a construção do novo Hospital do Seixal, apesar dos votos contra do PSD e CDS, uma medida importante para dar resposta aos utentes e diminuir a sobrecarga sobre o Hospital Garcia de Orta, assim reduzindo os tempos de espera e direcionando cuidados de saúde mais próximos e atualizados. Ainda na área da Saúde, instámos o Ministério da Saúde a rever o número de vagas a serem abertas para o recrutamento de profissionais na Unidade Local de Saúde de Almada-Seixal, depois do Governo ter aberto apenas uma única vaga nesta ULS onde mais de 38 mil utentes não têm médico de família.
O Bloco de Esquerda propôs ainda, no âmbito da discussão do Orçamento de Estado para 2025, a integração do Arsenal do Alfeite S.A. na estrutura da Marinha Portuguesa, uma medida que colocaria Almada na liderança do desenvolvimento científico, tecnológico e industrial do país e da Europa, reconhecendo-se o Arsenal como um grande polo de formação técnica e de potencial económico e social, com evidentes repercussões no concelho. A proposta foi chumbada.
O Bloco assume o compromisso pelas propostas para mudar de vida: tectos às rendas, taxar os super ricos e respeitar quem trabalha por turnos. A crise da habitação é a maior emergência da população almadense e o concelho está perigosamente a ser transformado num parque de diversões para turistas, expulsando gerações e retirando o direito dos jovens a uma casa para viver. Vamos taxar as fortunas acima de três milhões de euros, convocar os mais ricos a pagar um pequeno contributo para financiar o SNS, salvar a Escola Pública, investir em transportes coletivos e reduzir as desigualdades sociais, expandir a economia e aliviar as famílias trabalhadoras. Exigir mais tempo e mais saúde para quem faz turnos e vive ao contrário do relógio e em condições adversas — são cada vez mais as pessoas que trabalham neste sistema laboral, inclusive no nosso distrito e no concelho de Almada. Um mandato do Bloco de Esquerda é um mandato pelo emprego digno, casa para morar, serviços públicos e pelo combate às alterações climáticas, dando voz a Almada.