Premiada a nível nacional e internacional, a agência de design Deadinbeirute nasceu e consolidou a sua atividade nas incubadoras de empresas antes de avançar para um estúdio próprio, na Rua Capitão Leitão, em Almada.
A Deadinbeirute é uma agência de design de Almada a conquistar o país. Este mês de janeiro, a agência completa 13 anos de muitos projetos criativos e vários prémios nacionais e internacionais. Só em 2022, conquistou um Lápis no festival D&AD, (British Design and Art Direction), foi finalista nos European Design Awards, e arrecadou cinco prémios nos ADCE Awards (Prémios do Clube de Diretores de Arte da Europa). Em Portugal, foi eleita Agência do Ano na categoria de Design do Clube de Criativos e foi distinguida com o Grande Prémio nos Prémios Design atribuídos pelo jornal Meios & Publicidade, onde trouxe ainda 5 prémios em diversas categorias.
Para Marko Rosalline, o fator chave do sucesso da Deadinbeirute passa por “querer ir mais além e fazer com que as pessoas tenham um pouco mais do que daquilo que esperam quando chegam até nós. Acreditar que somos capazes de fazer sempre um pouco mais e melhor e o esforço que depositamos em cada projeto”, conta o fundador da agência.
Depois de estudar design na Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa, decidiu “aproveitar a vida” e teve várias ocupações pelo caminho. Aos 30 anos, é a partir da sua casa em Almada que dá o primeiro passo para fundar a agência de design Deadinbeirute.
No início do seu percurso, entre 2010 e 2018, a Deadinbeirute esteve incubada no Núcleo Empresarial de Almada Velha (onde nasceu), dando outro passo para aceleração da atividade no Quarteirão das Artes, com o crescimento da equipa. Uma experiência que o designer garante ter sido “muito relevante”. Para Marko Rosalline, “a parte mais interessante foi começar com outras pessoas que também estavam a começar”. Desta forma, partilham-se as mesmas questões e desafios com outras empresas incubadas. Além disso, o networking criado acaba por fortalecer o negócio através de sinergias. Foi o caso da sua agência, que ficou responsável por criar a identidade e o logótipo do próprio Quarteirão das Artes.
O fundador da Deadinbeirute lembra ainda que a incubadora também proporciona várias formações úteis para quem está a iniciar um negócio, por exemplo em algo tão simples como legislação. “Quando se começa uma empresa não se conhecem todos os pormenores” referiu. No passado mês de dezembro de 2022, foi a vez de Marko revisitar o Quarteirão das Artes para partilhar a sua experiência com os atuais empreendedores da incubadora.
Aliando criatividade à funcionalidade, a agência trabalha sobretudo na área do branding. Ou seja, cria marcas, produtos, serviços e empresas. “Não fazemos só logótipos, criamos a forma de comunicação, a identidade, a linguagem e a imagem visual próprias e do zero de uma empresa. É algo com muito valor para o cliente”, explica Rosalline, que coordena hoje uma equipa de seis pessoas. A Universidade Católica, Universidade de Lisboa, Jornal Eco, Água Castello, Alpro e a Câmara Municipal de Almada são alguns dos seus clientes.
A identidade da “terra de muitos”
Lançada em 2020, a nova identidade da Câmara Municipal de Almada (CMA) foi criada pela Deadinbeirute, que este ano vai implementar a terceira fase da nova imagem da autarquia no território na sinalética territorial e nos equipamentos municipais. “A marca pretende ser intemporal, já que parte de uma tipografia facilmente identificável criada de propósito para a cidade, baseada naquilo que é a génese da cidade em termos da sua estrutura física, conta o designer. “A marca tem depois diversos patamares de expressão, que unem esta ideia de estrutura da cidade, às pessoas, à individualidade e ao carisma dos almadenses”, acrescenta.
A origem conceptual para a tagline desta identidade territorial, foi recolhida da obra de 1712, “Corografia portugueza e descripçam topografica do famoso Reyno de Portugal”, onde se pode ler que o primeiro nome de Almada foi “Vimadel”, que significava terra ou povoação de muitos. “Esta ideia de diversidade, que desde sempre fez parte deste território e da sua história é bastante definidora do mesmo. E no “território de muitos”, para além dessa ideia de diversidade, existe uma ideia de individualidade conjunta – que soma “muitos” para fazer o todo.”
Para o designer almadense, trabalhar a marca da sua cidade é um desafio especial, garante. Por isso, espera que a identidade visual criada para a cidade perdure muitos anos, realçando que “existe sempre um grande compromisso em todos os projetos que nos envolvemos, mas neste caso acrescenta-se um orgulho sem limite, porque se trata da tua cidade, da tua gente, da tua intimidade com este território”.
Marko Rosalline realça ainda a “qualidade de vida” que existe nesta margem do rio, sublinhando a “combatividade” e a “garra” dos residentes de Almada. “Há uma certa diferenciação: é como se pudéssemos estar na capital, apesar de estarmos fora. Podemos dizer que estamos em Lisboa, mas estamos ao lado num sítio muito melhor”, diz entre risos.
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