Autarquia de Almada garante que o estabelecimento de ensino será requalificado para reabrir no próximo ano.
A Escola Básica da Fonte Santa, no Monte de Caparica, afinal não vai fechar definitivamente no final deste ano letivo. Irá sofrer obras de requalificação para reabrir em setembro de 2025 apenas como pré-escolar. A informação foi transmitida pela vereadora com o pelouro da Educação na Câmara Municipal de Almada, Teodolinda Silveira, durante a última sessão da Assembleia Municipal, realizada no dia 27 de junho.
“A escola vai ser requalificada, não vai fechar”, afirmou a autarca, em resposta à intervenção de munícipes que questionaram a autarquia sobre o previsto encerramento daquele estabelecimento de ensino. “Logo que os procedimentos o permitam, a escola iniciará obra e, em setembro de 2025, abrirá como polo do pré-escolar, sendo que é essa a necessidade premente do território”, indicou.
De acordo com a vereadora, não existem no Agrupamento de Escolas do Monte de Caparica (em que a Fonte Santa se insere) dificuldades de acolhimento para crianças do primeiro ciclo. “As escolas estão a 72% da sua capacidade no primeiro ciclo, existindo no agrupamento 42 vagas”. No entanto, “existe uma enorme dificuldade no agrupamento e chama-se pré-escolar. Ficam de fora neste momento cerca de 80 ou 90 meninos”, acrescentou. Por isso, “não vamos fechar a escola, vamos ajustá-las às necessidades do agrupamento”, disse.
Quanto ao “modelo educativo de sucesso” praticado na Fonte Santa, Teodolinda Silveira argumentou que, uma vez que “os professores e os alunos vão todos para o agrupamento de escolas do Monte de Caparica, esperamos que o modelo de sucesso possa ser replicado e, em vez de apanhar só os meninos de uma turma, possa apanhar os meninos de várias turmas. O município ficará satisfeito porque o modelo se alargou, e o número de meninos impactados será com certeza maior”, concluiu.
Recorde-se que decisão da Câmara de Almada de fechar a Escola Básica da Fonte Santa motivou forte contestação junto da comunidade educativa, que se opôs ao encerramento, tendo lançado uma petição e convocando protestos. Na altura, a CMA invocou questões relacionadas com o modelo pedagógico, o estado das instalações ou a falta de valências como biblioteca e ginásio para justificar o encerramento. No entanto, os motivos apontados encontraram forte oposição tanto por parte da própria direção do agrupamento de escolas, como de pais, professores ou antigos alunos.
https://almadense.sapo.pt/cidade/comunidade-mobiliza-se-contra-fecho-de-escola-basica-na-caparica-decretado-pela-camara-de-almada-e-uma-escola-especial/
A ser verdade é uma boa decisão.