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No “coworking” do Quarteirão das Artes, a versatilidade é marca da casa

Ricardo Garcia Silva e Ricardo Mattozzi partilham o nome, mas trabalham em mundos bem diferentes: um é programador, o outro é fotógrafo. É no Quarteirão das Artes que os seus percursos se cruzam todos os dias, no espaço de coworking da sala 9.

 

Ricardo Garcia Silva

Foi o curso em Engenharia do Ambiente que fez com que Ricardo Garcia Silva se interessasse pelo universo da programação. Percebeu que para progredir como profissional na sua área tinha de saber programar e conseguiu juntar os seus dois mundos num só, trabalhando com sistemas de informação geoespacial. “Gosto de trabalhar nesta área específica porque tem uma componente que me diz algo pessoalmente. Não me imagino a trabalhar num sector com o qual não me identifico”, conta.

Foi depois de quase 10 anos no Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) que Ricardo Garcia Silva começou o seu percurso internacional, que hoje mantém. Atualmente, desenvolve sistemas customizados para organismos e instituições governamentais internacionais, tendo trabalhou em projetos para países como Itália ou África do Sul. Conta ainda com projetos para instituições transnacionais como a UNESCO, o Banco Mundial, a EMSA (European Maritime Safety Agency), ou a Organização de Estados de África, das Caraíbas e do Pacífico.

Veio para o Quarteirão das Artes por recomendação de um amigo e acabou por ficar por todos os benefícios que encontrou. Aqui, Ricardo Garcia Silva conseguiu estabelecer uma rotina de trabalho estável, convivendo todos os dias com profissionais das mais variadas vertentes das indústrias criativas — e não só. A sensação constante é a de que está num espaço em que a qualquer momento podem surgir novas oportunidades, ideias e projetos. “Estar ao pé de profissionais é sempre uma coisa boa. Há sempre esta possibilidade de juntar mundos e áreas diferentes”, afirma.

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No passado, o programador esteve envolvido na criação de duas empresas portuguesas: a Geopro e a Likeno. Não esconde, por isso, a vontade de voltar a ter a sua própria empresa. “Gosto de ver o impacto das coisas que faço. Gosto dos projetos internacionais, mas assim que acabo o projeto nunca mais sei se funcionou, ou se está a ser utilizado. E eu sinto falta disso, de ver o impacto dos projetos em que trabalho”, afirma.

 

Ricardo Mattozzi

Numa secretária próxima, encontramos Ricardo Mattozzi, para quem não existem limites à versatilidade. Formado em Design e Comunicação, esteve na Força Aérea a tirar o curso de mecânico de aviões e também foi bombeiro. Voltou ao design gráfico, foi web designer, diretor criativo e ainda trabalhou na área dos seguros, como responsável de imagem. Finalmente, acabou por voltar onde sempre foi feliz: à fotografia.

Hoje em dia, é raro vê-lo fora do desporto motorizado: divide essencialmente o seu tempo entre a fotografia, o design e a comunicação na área. É ele quem acompanha o piloto de rali Rui Madeira, até mesmo em eventos fora do país. Para além disso, já desenvolveu projetos não só para outros pilotos como também para stands e oficinas de clássicos.

Mattozzi considera que a fotografia é o seu cartão de visita e trata-a quase como se fosse um processo artístico delicado. “Acabei por criar quase uma persona em torno desta minha alcunha de Mattozzi, que é fotografar de uma forma diferente. Ou seja, tenho câmaras antigas, tenho equipamento antigo e vou atrás de um automóvel antigo. Fotografo quase como se pudéssemos viajar para a época”, explica.

Mas, afinal, de onde vem a alcunha? “Vem da malta dos carros”, explica. Conta a lenda que o fotógrafo tem o hábito recorrente de fazer longas viagens só para comer umas fatias de pizza. Entretanto, deixou de se apresentar como Ricardo Matos para ser Ricardo Mattozzi. Quando voltou à fotografia decidiu associar a sua alcunha a uma marca, criando o seu próprio projeto.

Ricardo Mattozzi foi a primeira pessoa a entrar no Quarteirão das Artes e acabou a passar por quase todas as salas do espaço. Se inicialmente tudo era silencioso, rapidamente começou a surgir movimento e o coworking do Quarteirão das Artes foi-se tornando num espaço cada vez mais dinâmico.

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Foi quando saiu do espaço que percebeu a falta que lhe fazia. Ainda tentou outros espaços de coworking no concelho de Almada até desistir e decidir voltar a trabalhar em casa. Partilha da mesma opinião que Ricardo Garcia Silva: sentiu ser quase impossível conseguir ser produtivo de forma constante enquanto trabalhava em casa. “Vir para aqui para mim era importante, não só no sentido prático, mas também no sentido emocional: cresci aqui, em Almada Velha. Para mim, faz todo o sentido trabalhar aqui”, conclui Ricardo Mattozzi.

 

Conteúdo Comercial:

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