Criações de Cristian Duarte, Nacera Belaza ou Maria João Costa Espinho estão em destaque na programação da quinta edição da mostra, que contempla ainda laboratórios de dança e conversas moderadas entre público e artistas.
À semelhança de anos anteriores, as mostras de dança dividem-se entre o palco do Teatro Municipal Joaquim Benite (TMJB) e do Fórum Municipal Romeu Correia (FMRC), aos quais se juntam na edição de 2025 os espaços do Largo do Farol de Cacilhas e da Casa da Dança. Entre os destaques da programação deste ano estão a nova criação de Cristian Duarte, “E nunca as minhas mãos estão vazias”, e “L´Envol”, da coreógrafa franco-argelina Nacera Belaza.
Este ano marca também o regresso de vários artistas conceituados, que tornam a pisar palcos nacionais em Almada. É o caso de Maria João Costa Espinho, que traz “Uivo” ao Romeu Correia, e André Uerba, que recria “Æffective Choreography”, no Teatro Municipal, em colaboração com a Fundação Serralves, num de vários espetáculos que conta com a participação de performers locais,
“A convivência entre diferentes culturas, na partilha de afetos e na escuta empática, comprometida e corporificada em relação ao outro, como forma de ativar novos mundos possíveis” fazem parte do ethos do festival, de acordo com a organização. Fruto dessa mentalidade, a programação contempla ainda um laboratório de dança com Nacera Belaza (de participação livre, mediante inscrição), bem como conversas entre público e dançarinos, mediadas pelo crítico Ruy Filho.
Organizada desde 2021, a mostra tem vindo a crescer de ano para a ano, com uma cada vez maior adesão do público às propostas trazidas a Almada pela direção artística. Há um ano, em conversa com o ALMADENSE, Adriana Grechi e Amaury Cacciacarro falavam da importância de fomentar a criação de um público diversificado. “Foi isso que sempre interessou fazer: criar um público muito misturado, com histórias culturais e sociais diferentes, porque entendemos que é isso que enriquece a relação com os trabalhos”.
A quarta edição da Transborda é organizada pela Casa da Dança, com o apoio da Câmara Municipal de Almada, DGArtes e Instituto Francês de Portugal. Os bilhetes estão disponíveis nos locais de venda das salas de espetáculo parceiras do festival, com um custo entre os 5 e os 10 euros, consoante o espetáculo. Este ano, o ALMADENSE volta a ser parceiro de comunicação do evento. Para mais informação, consulte o site oficial.
Espetáculos:
17 de abril | quinta-feira | 21h | M/12 | 60 MIN
UIVO | Maria João Costa Espinho (PT)
Fórum Municipal Romeu Correia – Auditório Fernando Lopes-Graça
26 de abril | sábado | 17h | M/6 | 60 MIN
DANSER LA VILLE | Taoufiq Izeddiou (FR/MA)
Largo Alfredo Dinis, Cacilhas (Largo do Farol) – Almada
26 e 27 de abril | sábado – 21h | domingo – 16h | M/16 | 90 MIN
ÆFFECTIVE CHOREOGRAPHY| André Uerba (PT/DE)
Teatro Municipal Joaquim Benite – Sala Experimental
3 de maio | sábado | 21h | M/6 | 60 MIN
L´ENVOL | Nacera Belaza (FR)
Teatro Municipal Joaquim Benite – Sala Principal
4 de maio | domingo | 18h | M/12 | 60 MIN
E NUNCA AS MINHAS MÃOS ESTÃO VAZIAS | Cristian Duarte (BR)
Teatro Municipal Joaquim Benite – Sala Principal
10 e 11 de maio | sábado – 21h | domingo – 16h | M/6 | 60 MIN
MOURN BABY MOURN | Katerina Andreou (FR)
Teatro Municipal Joaquim Benite – Sala Experimental
Lab-performance
21 a 26 de abril | 18h > 22h
DANSER LA VILLE | Taoufiq Izeddiou (FR/MA)
Casa da Dança – Ponto de Encontro
Lab
30 de abril e 1 de maio | 18h > 22h
Nacera Belaza
Casa da Dança – Ponto de Encontro
“Uma Barragem Contra o Pacífico”: reflexões sobre colonialismo no Teatro de Almada