Tanto os dois lotes da margem norte do rio Tejo como os dois da Península de Setúbal (operação atualmente assegurada pela TST) receberam propostas para aquisição do serviço rodoviário.
A Área Metropolitana de Lisboa (AML) recebeu sete propostas para a aquisição do serviço rodoviário de transporte nos quatro lotes desenhados para a grande Lisboa. O anúncio foi feito pela entidade em comunicado, que não avançou quais os concorrentes.
Tanto os dois lotes da margem norte do rio Tejo como os dois da Península de Setúbal (serviço atualmente assegurado pela Transportes Sul do Tejo) receberam propostas, sendo que nenhum operador poderá ganhar mais do que 50% do conjunto do serviço que será adjudicado. A partir de agora o júri irá “verificar a conformidade das candidaturas com as exigências do concurso, e demais obrigações legais, e apurar o vencedor de cada um dos lotes”, explica a AML.
Recorde-se que o concurso público internacional foi lançado no passado mês de Fevereiro, por um valor total de 1,2 milhões de euros e prevê um reforço de 47% na oferta rodoviária do conjunto dos concelhos de Almada, Seixal e Sesimbra, comparando com a oferta existente antes da situação pandémica.
De acordo com os mapas divulgados na altura pela AML, Almada concentra grande parte das novas linhas criadas no transporte rodoviário. De resto, o conjunto dos concelhos de Almada, Seixal e Sesimbra, passará a contar com 43 novas carreiras.
No arranque da operação não serão admitidos veículos com mais de 16 anos, sendo que a idade média da frota não pode superar os oito anos. A exigência cresce ao quinto ano da concessão, em que os veículos do operador vencedor não poderão apresentar mais de 12 anos e a idade média da frota não pode superar os seis anos.
Os requisitos distam bastante da frota da TST, que atualmente assegura o transporte rodoviário em toda a península de Setúbal. De acordo com os sindicatos, a frota da operadora tem uma média de idade entre 15 e 20 anos.
“A apresentação das propostas encerra, deste modo, uma etapa fundamental no processo, que a AML conduz, com vista ao reforço do serviço de transporte de passageiros e à sua qualificação”, sublinha a entidade que gere o transporte rodoviário na grande Lisboa. Quando o processo estiver concluído, todos os autocarros da região passarão a circular sob uma marca única: Carris Metropolitana.