Segunda edição da mostra internacional traz a Almada espectáculos, oficinas, performances e conversas entre os dias 17 de fevereiro e 12 de março.
O festival Transborda, dedicado à divulgação da dança contemporânea e de trabalhos performativos, regressa a Almada entre os dias 17 de fevereiro e 12 de março. Trata-se de uma iniciativa da Casa da Dança, que pretende apresentar ao público almadense artistas e criadores procedentes de diversos países.
Nesta segunda edição, a mostra traz nomes como Vera Mantero (Portugal), Marcelo Evelin (Brasil/Holanda), Vania Vaneau (Brasil/França) ou Volmir Cordeiro (Brasil/França), e decorre em espaços como o Teatro Municipal Joaquim Benite, o Auditório Osvaldo Azinheira ou a Casa Municipal da Juventude, em Cacilhas.
“Blanc”, de Vania Vaneau, parte de rituais de transe afro-brasileiros para investigar um corpo formado por multiplicidades. Em “Época”, Volmir Cordeiro e Marcela Santander visitam e avivam em seus corpos, uma série de questões propostas por mulheres artistas do século XX.
Em “Sur le Fil”, Nacera Belaza leva o corpo a atravessar limites num equilíbrio cuidadoso em direção ao que parece aparentemente impossível. Por sua vez, “La Burla” é primeiro trabalho conjunto de Bruno Brandolino e Bibi Dória. Trata-se de uma ficção coreográfica num presente obscuro e pós-apocalíptico, onde invocações e rituais misturam o sagrado e o profano.
Além das apresentações, a Transborda propõe ainda ações viradas para a investigação, a partilha e a qualificação artística. “Barricada”, de Marcelo Evelin, conta com um formato de uma oficina-performance, uma prática coletiva que propõe pensar proximidade como estratégia de defesa e o estar juntos como uma posição política.
Da programação, destaque ainda para os laboratórios de composição e interpretação “O Corpo Pensante”, com Vera Mantero, e de investigação “Zonas de Contato”, com Vania Vaneau.
A mostra internacional conta ainda com o crítico Ruy Filho, que mediará conversas com artistas e vai fazer uma cobertura crítica na revista de artes Antro Positivo. As conversas gravadas serão posteriormente disponibilizadas no site da Transborda e da Casa da Dança.
A segunda edição da mostra é organizada pelo Núcleo de Artes Performativas de Almada e pela Casa da Dança, contando com os apoios da República portuguesa – Cultura/Direção-Geral das Artes e da Câmara Municipal de Almada.
Programa:
18 de fevereiro (sexta) às 21h: Blanc, de Vania Vaneau, no Auditório Osvaldo Azinheira (Academia Almadense).
26 de fevereiro (sábado) às 20h: Barricada, de Marcelo Evelin, na Casa Municipal da Juventude – Ponto de Encontro.
27 de fevereiro (domingo) às 20h: Época, de Vladimir Cordeiro e Marcela Santander, no no Auditório Osvaldo Azinheira (Academia Almadense).
4 de março (sexta) às 21h: Le Cri e Sur le Fil, de Nacera Belaza, no Teatro Municipal Joaquim Benite.
12 de março (sábado) às 20h: La Burla, de Bruno Bandolino e Bibi Dória na Casa Municipal da Juventude – Ponto de Encontro.
https://almadense.sapo.pt/cultura/condenadas-mas-pouco-dia-12-de-fevereiro-no-auditorio-da-costa-da-caparica/