Festival de Música regressa a Almada 20 anos após a última edição, dirigido pelo pianista Filipe Pinto-Ribeiro.
O Convento dos Capuchos, na Caparica, vai voltar a receber o Festival de Música, que decorre entre os dias 11 de junho e 3 de julho. Promovido pela Câmara Municipal de Almada, o renovado festival regressa inspirado pelas 21 edições que decorreram nas décadas de 80 e 90, sob direção artística de José Adelino Tacanho.
O novo Festival de Música dos Capuchos apresenta como conceito «5 Séculos de História e 5 Séculos de Música», em referência aos cinco séculos de história do Convento dos Capuchos.
Alfred Brendel, considerado o último “monstro sagrado do piano”, o virtuoso trompetista russo Sergei Nakariakov, a Orquestra de Câmara de São Petersburgo e o alaudista norte-americano Hopkinson Smith, mestre incontestado dos instrumentos de cordas dedilhadas do Renascimento e do Barroco, são alguns dos nomes que constam do programa do Festival.
O centenário do nascimento do compositor argentino Astor Piazzolla será assinalado com um concerto de quinteto dedicado ao seu “nuevo tango” e a apresentação da sua ópera-tango Maria de Buenos Aires, sob a direção de Marcelo Nisinman e com a cantora uruguaia Ana Karina Rossi no papel de Maria.
O jazz também vai marcar presença, com um concerto do quarteto da cantora portuguesa Sofia Ribeiro.
Destaque ainda para um ciclo de «Conversas dos Capuchos» dedicado a três efemérides literárias de 2021 – os 700 anos da morte de Dante Alighieri e os 200 anos dos nascimentos de Charles Baudelaire e Fiodor Dostoievsky -, moderadas por Carlos Vaz Marques e com os convidados António Mega Ferreira, Jorge Vaz de Carvalho, Joana Matos Frias, Pedro Mexia, Hélia Correia, António Pescada e Guilherme d’Oliveira Martins.
Para Inês de Medeiros, presidente da Câmara de Almada, o regresso do Festival de Música dos Capuchos “é um grande momento não só para o concelho, mas também para Portugal, voltando a colocar esta iniciativa como uma referência não só ao nível da música, mas também de outras áreas culturais e onde se combinam a sustentabilidade, o ambiente e a cultura”.
Quanto ao diretor artístico do Festival, Filipe Pinto-Ribeiro, define-o como “uma iniciativa cultural de excelência, aberta a todos os públicos, em linha com o referente de qualidade do seu passado e que procura afirmar-se também a nível internacional”.
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