Sérgio Trefaut, Vicente Alves do Ó e Possidónio Cachapa são alguns dos autores dos filmes em exibição no Auditório Fernando Lopes-Graça.
É já esta quinta-feira, dia 4 de janeiro, que se inicia o primeiro Ciclo de Cinema Transtagano no Auditório Municipal Fernando Lopes-Graça, em Almada, que contempla seis filmes de cinco realizadores, todos relacionados com a essência do Alentejo.
A iniciativa assinala tanto os 50 anos do 25 de Abril, como o nono aniversário do Cante Património da Humanidade e o centenário do nascimento do escritor Urbano Tavares Rodrigues.
O ciclo inicia-se com o documentário “O Adeus à Brisa”, realizado por Possidónio Cachapa, que estará presente na sessão de abertura. Encerra a 12 de janeiro, com o filme “Florbela” de Vicente Alves do Ó, sobre um período conturbado da vida de Florbela Espanca. Todos filmes “que nos transportam para a essência da Mátria Alentejana”, assinala a organização.
O Ciclo de Cinema Transtagano é uma iniciativa conjunta da Câmara Municipal de Almada e do Centro de Estudos Documentais do Alentejo, com o apoio da Junta de Freguesia da Charneca de Caparica.
As sessões têm lugar às 21h. Os bilhetes têm o valor de três euros, com desconto de 50% para jovens e seniores. Conheça aqui todos os filmes em exibição:
4 de janeiro (quinta-feira)
“O Adeus à Brisa”, de Possidónio Cachapa
Conversa no início da sessão com o realizador
Neste filme, um homem fala sobre o seu passado, que se confunde com o da História do seu país, evocando a luta pela liberdade e a revolução. Urbano Tavares Rodrigues é o homem que reflete sobre estes e outros temas, “enquanto a brisa do Sul não cessa de soprar”.
5 de janeiro (sexta-feira)
“Alentejo, Alentejo”, de Sérgio Trefaut
“Alentejo, Alentejo” é um documentário sobre o Cante Alentejano e a paixão dos seus intérpretes; sobre o que se faz no Alentejo mas também fora dele, com a diáspora alentejana a criar novos grupos na periferia lisboeta e em diversos países de emigração. O filme venceu o título de melhor filme português no IndieLisboa 2014.
9 de janeiro (terça-feira)
“Terra”, de Hiroatsu Suzuki e Rossana Torres
“Terra” é um documentário que explora o Alentejo e a relação dos alentejanos com o solo, a partir de dois fornos cobertos de terra onde um homem faz carvão. “Elementos essenciais como o fogo, a água, o ar, a terra e o espaço reflectem, respiram e celebram o ritmo da Terra” neste filme, indica a produtora.
10 de janeiro (quarta-feira)
“Montado”, de Joaquín Gutiérrez Acha
Na Península Ibérica, existe um ecossistema ancestral que conserva uma biodiversidade extraordinária: é o Montado. As aves lendárias do Mediterrâneo constroem os seus ninhos nos ramos das velhas árvores e, sob as suas copas, uma infinidade de seres participa no banquete dos frutos, enquanto outros se escondem nas suas concavidades. Em “Montado”, descobre-se este ecossistema alentejano e aqueles que aí habitam, como o Lince Ibérico.
11 de janeiro (quinta-feira)
“Al Berto”, de Vicente Alves do Ó
Em “Al Berto” é verão em Sines, em 1978. Numa época de revolução, pouco depois do 25 de abril, Al Berto dá corpo a uma geração em mudança, uma geração que deseja inovar e viver ao máximo. O poeta cria um grupo de amigos cheio de sonhos e excentricidade, mas Sines ainda não está preparada para tanta liberdade.
12 de janeiro (sexta-feira)
“Florbela”, de Vicente Alves do Ó
Numa história inspirada por factos verídicos, Florbela Espanca, poetisa, separa-se de forma violenta de António. Apaixonada por Mário Lage, refugia-se num novo casamento, mas a vida de esposa na província não é conciliável com sua alma inquieta, e Florbela não consegue escrever nem amar.
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