Sindicatos admitem voltar à greve no próximo mês de junho caso as reivindicações não sejam atendidas.
Dezenas de trabalhadores da Amarsul manifestaram-se esta segunda-feira, dia 9 de maio, para exigir um aumento salarial e uma resposta às reivindicações efetuadas. O protesto teve início na Praça da Portela, (no Laranjeiro), e terminou junto ao Chalé Ribeiro Telles (na Cova da Piedade), onde atualmente se encontra o gabinete da presidente da Câmara Municipal de Almada (CMA).
“Os salários não acompanharam o aumento do custo de vida, nem a inflação. Não pode ser assim, os trabalhadores não são valorizados”, afirmou um dos trabalhadores em manifestação, em declarações ao ALMADENSE.
A Amarsul é a empresa responsável pelo tratamento dos resíduos urbanos produzidos na Península de Setúbal, incluindo Almada. Foi privatizada em 2015, tendo passado a integrar o grupo Mota Engil, com os municípios como acionistas.
Entre as reivindicações estão o aumento salarial de 1% em 2022, a atualização do subsídio de alimentação e transporte (que não sofre alterações desde 2019), a atribuição de um subsídio de insalubridade, penosidade e risco, a contratação em grupo e o fim da precariedade na empresa, bem como a valorização dos trabalhadores.
“Houve uma desvalorização constante nos últimos anos, especialmente num contexto de pandemia que ainda estamos a viver, durante a pandemia o serviço público continuou a ser prestado e em troca recebemos uma mão cheia de nada”, afirmou um representante dos trabalhadores presente.
Com esta manifestação, os trabalhadores pretendem que o grupo Mota-Engil responda às suas exigências. “As outras empresas do grupo já foram aumentadas, nós não” afirmou um trabalhador ao ALMADENSE.
Caso as reivindicações não sejam atendidas, os sindicatos admitem voltar à greve no próximo mês de junho. Recorde-se que a greve da Amarsul realizada no passado mês de dezembro deixou os contentores do lixo a abarrotar em Almada e outros concelhos abrangidos.
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