Preveem-se perturbações na recolha do lixo em Almada. Autarquia apela a munícipes para que evitem a deposição de resíduos nos contentores da via pública durante estes dias.
Os trabalhadores da Amarsul vão parar pela “valorização salarial e profissional” nos dias 2 e 3 de maio, informa o Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local (STAL). A principal reivindicação é o aumento dos ordenados, já que os trabalhadores “sofreram uma brutal perda de poder de compra nos últimos anos, sobretudo por via de actualizações salariais muito abaixo da taxa de inflação”, acrescenta a estrutura sindical.
A greve decorre entre as 00h 2 de maio e as 24h de 3 de maio. Nos dias seguintes, entre as 00h de 4 e as 24h de 5 de maio, os trabalhadores marcaram ainda uma greve a todo o trabalho suplementar.
Devido à paralisação, a recolha de lixo no concelho de Almada deverá sofrer perturbações. Por este motivo, a Câmara Municipal apela à colaboração dos munícipes. “De modo a minimizar os seus efeitos na saúde pública, solicita-se a colaboração de todos os munícipes para que evitem a deposição de resíduos nos contentores da via pública durante estes dias ou na envolvente dos equipamentos, procurando sempre um que não se encontre cheio”, indica a autarquia numa nota publicada no seu site oficial.
Trabalhadores pedem aumento do salário
O STAL considera que existem condições financeiras para assegurar o “aumento significativo dos salários e respeito pela dignificação profissional”, defendendo que é imperativo que a taxa de rentabilidade aprovada pela Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos se reflita na melhoria de condições para aqueles que produzem a riqueza.
Entre as exigências dos trabalhadores conta-se ainda o direito ao subsídio de transporte, atribuição de subsídio de risco, direito a reclassificação na categoria profissional executada, melhoria das condições de trabalho e respeito pelas normas de segurança e saúde.
Os grevistas e o STAL apelam “à solidariedade da população e de todos os trabalhadores, reafirmando que a luta é determinante para defender e conquistar mais direitos, melhores salários e condições de trabalho”. A greve estende-se ainda à Resinorte, que também faz parte do grupo Empresa Geral do Fomento.
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