A NOVA FCT recebeu alunos do ensino secundário que, num dia repleto de atividades, descobriram um centro de inovação que vai muito para além das aulas.
O campus universitário da NOVA FCT abriu-se esta quarta-feira, dia 10 de abril, para mais uma edição da EXPO, que trouxe a Almada mais de 6 mil alunos do ensino secundário de todo o país.
Foi a 16. ª edição do dia aberto da faculdade onde, “de alunos para alunos” – como refere o coordenador geral Rui Igreja – se transmite a oferta educativa e a vivência naquele que é um dos maiores campus universitários a nível nacional.
O dia aberto tem como objetivo facilitar a escolha académica dos jovens que, ao seu dispôr, têm mais de 200 atividades entre experiências, visitas a laboratórios ou apresentações, de forma a conhecerem um pouco melhor cada área científica e as suas últimas inovações. Através de três diferentes percursos complementados pelas atividades “+EXPO”, cada aluno teve a oportunidade de descobrir as várias licenciaturas da NOVA FCT, desde a Matemática à Biologia Molecular e Celular ou à Conservação e Restauro.
Diogo, estudante de doutoramento em Engenharia Ambiental, explica a demonstração elaborada pelo seu departamento: “aqui, simulamos as várias etapas do tratamento de águas residuais, explicando como estas ocorrem e como se lida com os poluentes emergentes, tais como os fármacos ou os microplásticos”. Para o doutorando que participa na EXPO pela quinta vez, esta é uma oportunidade de cativar alunos para “a engenharia do século XXI”, essencial num momento em que “economia circular e aproveitamento dos recursos” são palavras de ordem.
Já Beatriz e Clara, alunas da licenciatura em Biologia Celular e Molecular, recebem os estudantes num laboratório onde se fala de drogas, cérebro, bactérias e doenças do sistema imunitário. Entre vários encéfalos, explicam como se retira, corta e observa o centro do sistema nervoso, não esquecendo atividades relacionadas com o cheiro e os sentidos. Como esta, são mais de 200 as experiências que permitem aos estudantes descobrir tudo o que a NOVA FCT tem para oferecer.
De alunos para alunos
Para Gabriela, Sílvia e João, alunos do secundário que chegaram logo no início da manhã de Alverca, esta é uma oportunidade única para esclarecer dúvidas e decidir o futuro. “Fomos diretamente aos cursos em que estávamos interessados e pudemos colocar as perguntas tanto aos alunos como aos professores”. Já Gonçalo e Madalena, de Setúbal, encontraram no dia aberto uma forma de concretizar alguns dos conhecimentos que adquiriram na escola, destacando “as demonstrações muito interessantes” a que tiveram a oportunidade de assistir.
“Este é um dia muito importante, não só para os jovens abrirem os horizontes mas também por todo o contacto que podem ter com alunos universitários”, refere a professora Ana. É esse contacto com os mais de 800 alunos voluntários um dos pilares da EXPO, como destaca Rui Igreja, para quem “este é um dia de festa, um dia de comunidade, onde todos se juntam para mostrar como é a vida no campus ”.
“É esta a principal característica da EXPO FCT: ser de alunos para alunos”, afirma o coordenador geral em declarações ao ALMADENSE. De acordo com Rui Igreja, o dia aberto da faculdade é “uma história de sucesso” que veiculou, desde o início, a abordagem prática característica, envolvendo os alunos nos processos de investigação científica.
A vida no campus
Mas não só de ciência se faz a NOVA FCT: na EXPO, marcam também presença os vários núcleos da Associação de Estudantes, que vão desde o teatro e a literatura ao cuidado animal ou aos jogos de tabuleiro. Para Inês, membro recém-chegado do Novo Núcleo de Teatro, esta é uma oportunidade de mostrar aos jovens, através de jogos de encenação histórica, o que se faz numa comunidade que existe há mais de 30 anos, reconhecida internacionalmente. “Esta é uma das maiores vantagens da NOVA FCT: a quantidade de núcleos e o tempo que temos para investir neles”, indica.
Davidson, do Núcleo de Tiro com Arco, mostra aos jovens como apontar, segurar e largar: “este ano temos tido imensos alunos que querem vir aqui experimentar”, refere. “No Núcleo, ensinamos todos os que queiram aprender e, depois, muitos acabam por ir connosco para o campeonato universitário”. Iara e Jane, na fila, confessam estar a ter “um dia muito divertido, em que se pode investigar o que fazer no futuro, explorar as várias opções”. Pouco depois, as duas raparigas acertam na mira.
Entretanto, já é hora de almoço, e as roulottes alinhadas na avenida começam a receber os estudantes. Em grupos, sentam-se na relva ou no passeio, a partilhar experiências, ideias e, acima de tudo, conversas que tiveram com os futuros colegas.
Fotos: Bruno Marreiros
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