Edifícios históricos do concelho de Almada continuam a integrar o programa Revive (que pretende pôr privados a requalificar e rentabilizar imóveis classificados), mas ainda não têm data para concurso.
O Castelo de Almada e a Fortaleza da Torre Velha, ambos no concelho de Almada, mantêm-se entre os 16 imóveis aprovados para requalificação no âmbito do Programa Revive, indica um despacho do Governo publicado esta quarta-feira. No entanto, dois anos depois de anunciada a inscrição dos imóveis no programa, ainda não há data para o lançamento dos concursos públicos de concessão.
Criado em 2016, o Revive pretende promover a recuperação de imóveis históricos devolutos, concedendo a privados a exploração para fins turísticos, mas continuando o Estado como proprietário dos mesmos.
Situado na zona histórica da cidade, o Castelo de Almada apresenta uma localização privilegiada, contando com uma vista panorâmica sobre a cidade de Lisboa e estuário do Tejo. Atualmente muito descaracterizada, a fortaleza alberga desde 1976 uma unidade militar da GNR, que deverá ser transferida para a Charneca de Caparica, de forma a permitir a utilização do edifício para fins turísticos.
Para além do Castelo de Almada, a margem sul do rio Tejo conta ainda com outro imóvel histórico na lista para reabilitação. Trata-se da Fortaleza da Torre Velha, considerada Monumento Nacional pelo Governo em abril de 2012. De acordo com a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC), este é “um dos mais importantes exemplares da arquitectura militar renascentista portuguesa”, tendo sido mandado construir por D. João II no final do século XV, com o objetivo de defender a barra do Tejo.
Outros imóveis na lista do Revive são o Palacete Viscondessa de Santiago do Lobão (Porto), o Hotel Turismo da Guarda (Guarda), o Forte de S. João da Cadaveira (Cascais), a Quinta do Cabo das Lezírias (Vila Franca de Xira) e um edifício pombalino na rua da Prata (Lisboa).
“O sucesso do Programa Revive é inegável, estando já concessionada a exploração de diversos imóveis, sendo que, em alguns destes, o respetivo processo de recuperação já terminou e a exploração, com proveito para o interesse público, já se iniciou, pelo que se entende que o investimento privado, a recuperação de edifícios de relevo histórico e cultural, a criação de emprego e atividade económica com impacto social positivos, devem, naturalmente, prosseguir, mantendo-se o modelo inicialmente preconizado”, defende o Governo no despacho ontem publicado.
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