Câmara de Almada invoca um estudo feito pela FCT para defender intervenção realizada na estrada da Fonte da Telha.
A presidente da Câmara Municipal de Almada, Inês de Medeiros, voltou a defender a obra de pavimentação feita na estrada de acesso à praia da Fonte da Telha durante a reunião de Câmara realizada esta segunda-feira.
Questionada pelos vereadores da oposição sobre os pareceres negativos emitidos pela Comissão de Coordenação de Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDR-LVT) e pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA), Medeiros invocou um estudo desenvolvido pela Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT) da Universidade Nova de Lisboa para a CMA que apresenta conclusões distintas.
Desta forma, a autarca frisou que a zona onde foi realizada a aplicação de betuminoso “não está classificada como duna primária” e adiantou que “tratando-se de uma intervenção provisória”, a obra “não aumentou o grau de risco que já existia”, mas antes “impediu o estacionamento abusivo”, favorecendo a “fluidez do trânsito”.
Também para Filipe Pacheco, deputado pelo PS na Assembleia da República e vereador em regime de substituição, o estudo feito pela FCT “põe em causa as bases de sustento que são apresentadas no parecer da APA”, que por sua vez conduziu ao parecer negativo da CCDR. Na opinião do deputado, “há informação técnica que leva a concluir noutro sentido daquele as entidades têm apresentado”, argumentou.
Salvado diz que obra acautela residentes
Por sua vez, o vereador Miguel Salvado (PSD), responsável pelo pelouro da rede viária na CMA, argumentou não ter lido “em lado nenhum que seria obrigado a retirar” o pavimento aplicado na estrada de acesso à Fonte da Telha.
O responsável defendeu ainda a obra afirmando que “se esta intervenção provisória serviu para lançar a discussão e obrigar a que os parceiros, sejam centrais ou locais, se entendam, conversem e decidam, muito bem”.
Finalmente, Miguel Salvado frisou que a intervenção tinha por objetivo “acautelar as pessoas que vivem” na Fonte da Telha, apontando que a população “na sua rasgada maioria gostou” da intervenção e concluindo que os residentes “merecem que de uma vez por todas aquele território possa ser reabilitado”.
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