Nova atividade da rede municipal de bibliotecas de Almada vai pôr participantes a conversar sobre a Revolução dos Cravos. Primeira sessão acontece já na quinta-feira, dia 18 de janeiro.
“Profissões e trabalho antes e depois do 25 de Abril em Almada” é o tema para a primeira sessão de “Bibliotecas Humanas”, a nova atividade da rede municipal de bibliotecas de Almada, que pretende fomentar a partilha de experiências e conhecimentos no seio da comunidade local.
“Quem se lembra ainda de antigas profissões que desapareceram? Que importância teve a indústria naval na cidade de Almada? Quem se lembra ainda das várias indústrias que existiram no Ginjal e no Caramujo? Como era o comércio antigamente?” são algumas das perguntas lançadas pelos dinamizadores Davide Freitas e Luís Barradas aos participantes.
O primeiro encontro acontece já a 18 de janeiro, pelas 15h, na sala polivalente do Fórum Romeu Correia. Através da conversa, os participantes poderão refletir sobre esta atividade social, à qual se deve o desenvolvimento de Almada ao longo dos anos.
“Tendo em conta que se comemoram em 2024 os 50 anos do 25 de Abril, falaremos sobre como era viver antes e depois do 25 de abril de 1974”, assinada Davide Freitas. “Uma Biblioteca Humana apresenta-se como uma biblioteca de verdade”, aponta. Para aprender com estes livros vivos que são cada um de nós, não é preciso folhear as páginas, mas sim conversar, “porque os livros são pessoas em carne e osso”. Assim, para descobrir mais sobre uma pessoa e a sua vivência, esta iniciativa incita os participantes a conversar e trocar experiências, promovendo o diálogo entre diferentes culturas, idades e géneros.
A atividade “Bibliotecas Humanas” realizar-se-á de forma rotativa pelas três bibliotecas da rede municipal, com periodicidade mensal, durante a semana, das 15h às 18h.
Criado em 1993 por um pequeno grupo de jovens dinamarqueses para quem a compreensão é uma pré-condição para a tolerância, o conceito de Biblioteca Humana teve grande sucesso e, desde 2003, é reconhecido pelo Conselho Europeu como uma boa prática, encorajada nas bibliotecas públicas.
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