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Câmara de Almada rejeita reposição de carreiras e horários anteriores à Carris Metropolitana

Inês de Medeiros admite que o serviço colocado em marcha pela Carris Metropolitana “defraudou em muito as expectativas”, mas defende que “não há um erro fundamental para reverter. Há que acrescentar circulações”.

 

A Câmara Municipal de Almada rejeitou esta segunda-feira a possibilidade de reposição das carreiras e horários dos autocarros pré-Carris Metropolitana, cujo arranque tem provocado numerosos protestos. “O que tem que ser feito não é pôr tudo em causa, é garantir que as carreiras e as circulações que foram contratualizadas são cumpridas”, afirmou a presidente da autarquia, Inês de Medeiros, durante a reunião camarária.

A decisão surgiu no seguimento de uma recomendação feita pela vereadora Joana Mortágua, do Bloco de Esquerda, que defendia a suspensão dos novos horários e a reversão das carreiras no concelho de Almada até existir capacidade de operar os novos percursos a 100%. “Não me parece razoável que se permita pôr em funcionamento uma operação rodoviária que mexe com a vida de milhares e milhares de pessoas quando a própria presidente da Câmara só tem conhecimento dos horários quatro dias antes. Era evidente que não havia tempo para a publicidade dos novos horários e para explicar às pessoas que alterações é que tinham que fazer nas suas rotinas. Devia-se ter chegado à conclusão de que a operação não estava pronta para ser lançada no dia 1 de julho”, afirmou a autarca.

Recorde-se que também o CDS-PP Almada já tinha exigido a suspensão dos novos horários, por terem sido “feitos à revelia e sem ouvir as populações”. De resto, a diminuição da oferta tem gerado forte indignação junto dos utentes, que se têm multiplicado em protestos, exigindo mais carreiras e horários. 

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Admitindo que o serviço colocado em marcha pela Carris Metropolitana no passado dia 1 de julho “defraudou em muito as expectativas” e que o “número de circulações contratualizado não está a ser cumprido”, Inês de Medeiros reiterou, no entanto, que “não há um erro fundamental para reverter. Há que acrescentar circulações”.

A autarca reconheceu também que a prestação de serviço em “alguns casos desapareceu”, e afirmou que o operador (a TST) tem que “assegurar pelo menos aquilo que já estava a ser garantido anteriormente”, nomeadamente no que diz respeito a “horários noturnos para pessoas que trabalham por turnos” e em zonas como Porto Brandão, Cacilhas, Forum Almada ou Trafaria. “O que foi contratualizado em Porto Brandão foi um autocarro de meia em meia hora e isso não está a ser cumprido” disse a presidente.

Também Nuno Matias, vereador eleito pelo PSD “repudiou” a forma como o serviço foi lançado. “Há que reconhecer que o operador claudicou de forma clara na forma como implementou esta operação. Nunca nos passou pela cabeça que houvesse um problema tão alargado”, afirmou. No entanto, para o autarca, a solução também não é reverter a operação, mas sim “obrigar a cumprir”.

Já Helena Azinheira, vereadora da CDU, afirmou que sem “o caderno de encargos que a Câmara fez à Carris Metropolitana” não se pode “aferir o que está ou não a ser cumprido”. 

 

Aprovado prostesto junto da Carris Metropolitana

Com a exceção dos representantes da CDU, todos os partidos presentes votaram favoravelmente uma deliberação na qual manifestam a intenção de “apresentar um protesto junto da Carris metropolitana e da Transportes Metropolitanos de Lisboa (TML) sobre a forma como este processo decorreu, sem a divulgação atempada das alterações”.

Os restantes pontos da deliberação foram aprovados por unanimidade e pretendem:

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– Exigir o prolongamento da carreira 3022 até Cacilhas e a reposição das carreiras para o Areeiro.

– Exigir a reposição de horários pré-existentes nas carreiras que estiverem a funcionar abaixo do que era garantido pela TST.

– Exigir a realização de sessões públicas em todas as freguesias do concelho com a presença da TML em todas as sessões públicas para oscultação e esclarecimento dos munícipes.

– Exigir que a TML apresente calendarização para a implementação da totalidade da rede aprovada e objeto do concurso.

– Exigir da TML a melhoria da divulgação sobre a oferta pública de transportes em Almada.

 

https://almadense.sapo.pt/mobilidade/utentes-da-carris-metropolitana-protestam-em-almada-o-que-era-mau-ficou-pessimo/

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