Em conjunto com mais 19 localidades portuguesas, Almada une-se ao projeto “Kidical Mass”, que reivindica mais espaço e condições nas cidades para que as crianças possam ir para a escola a pé ou de bicicleta.
No próximo sábado, dia 21 de maio, Almada junta-se ao “Kidical Mass”, um movimento global que procura incentivar crianças e adultos a usarem modos ativos (bicicleta, caminhada, skate, etc.) nas suas deslocações diárias.
O movimento tem como mote “Espaço para a próxima Geração” e reivindica rotas seguras para as escolas, leis de trânsito rodoviárias amigas das crianças e mais espaço público dedicado à mobilidade ativa e para estar ou brincar.
Em Almada, o percurso tem início às 9h30 da manhã, junto aos Bombeiros Voluntários de Cacilhas. A partir daí, o caminho segue pelo Parque da Paz, regressando depois até à Mutela, onde os participantes vão proceder à limpeza da Praia do Caramujo. Da parte da tarde, o evento conta com um piquenique, alguns workshops e um concerto na Romeira.
É a primeira vez que a “Kidical Mass” se realiza em Portugal. No entanto, projetos deste tipo não são novos em território nacional. Ao ALMADENSE, Diogo Salvador, membro do Estuário Colectivo, situado em Cacilhas, explica que a iniciativa está a ser organizada informalmente e que conta com a participação de vários encarregados de educação que já realizavam, habitualmente, os famosos “comboios para a escola”, utilizando a bicicleta como meio de transporte até às instituições de ensino.
Diogo Salvador explica que a “Kidical Mass 2022” começou a ser discutida pela MuBi –Associação pela Mobilidade Urbana em Bicicleta– e que diversas localidades portuguesas se mobilizaram para fazer parte do projeto, que defende também um limite de 30 km/h nas localidades e ruas com pessoas.
No que diz respeito à adesão ao evento na cidade de Almada, Diogo Salvador diz ter uma “boa perspetiva”, mas adianta que essa não é a preocupação principal: “Queremos que o evento aconteça este ano, que as pessoas tomem conhecimento do mesmo e que, para o ano, se volte a realizar.” Reforça ainda a mais-valia da participação das crianças: “Temos a expetativa de que façam o caminho e que consigam perceber e aprender qual é a sua importância.”
Foto: Rui Sebastian
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