Município adianta que está a decorrer um inquérito para apurar se na Divisão das Bibliotecas e Arquivos de Almada há factos que configurem a prática de assédio moral.
“Em nenhum momento este Executivo tentou escamotear a situação”. A garantia foi deixada esta segunda-feira por Inês de Medeiros, presidente da Câmara Municipal de Almada, a propósito das acusações de assédio moral que alguns trabalhadores da rede de bibliotecas da cidade dizem viver.
Questionada pelos vereadores da oposição durante a reunião de Câmara sobre que medidas foram tomadas pela autarquia em relação às acusações divulgadas numa reportagem emitida este domingo pela SIC, a autarca anunciou que está a decorrer desde novembro um inquérito que visa apurar se na Divisão das Bibliotecas e Arquivos de Almada se identificam factos que configurem a prática de ilícitos disciplinares. Em causa está a alegada situação de assédio exercida pela chefe de Divisão sobre os trabalhadores das Bibliotecas, que já terá levado à saída de vários profissionais. “Nunca o Executivo ficou inativo perante as queixas apresentadas”, frisou Inês de Medeiros, rejeitando as denúncias de falta de resposta feitas pelo Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL).
“Matérias desta natureza são suficientemente graves para não haver nenhum tipo de complacência”, apontou a responsável. Ainda assim, sem querer “em caso nenhum minimizar as eventuais vítimas”, a autarca afirmou que o Executivo não alinha “numa acusação sem a devida verificação”. Lamentando que a questão tenha sido “transformada em combate político”, remeteu conclusões para o inquérito em curso, que tem por fim “averiguar toda a verdade”.
Também a vereadora do Bloco de Esquerda indicou esperar que “o inquérito seja conclusivo e rápido, para que não haja clima de suspeita”. Para Joana Mortágua, é importante que se limpe a imagem da “Câmara Municipal de Almada de qualquer suspeita sobre violações graves de direitos do trabalho dos seus trabalhadores”.
Sublinhando que “além do inquérito há muito caminho a fazer”, o vereador eleito pela CDU, Joaquim Judas, destacou a importância de intervir nestas situações “salvaguardando a saúde das pessoas e o bom funcionamento das instituições”.