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“Uma Barragem Contra o Pacífico”: reflexões sobre colonialismo no Teatro de Almada

A mais recente produção da Companhia de Teatro de Almada adapta o romance homónimo de Marguerite Duras. 

 

É já no próximo dia 14 de março que a Companhia de Teatro de Almada (CTA) leva à cena “Uma Barragem Contra o Pacífico”. Baseado no livro do mesmo nome da autora Margueirte Duras, a adaptação de Geneviève Serreau pode ser vista no Teatro Municipal Joaquim Benite (TMJB), em Almada, até dia 6 de abril, naquela que é uma das produções em destaque na programação teatral do município em 2025.

Largamente inspirada pela juventude de Duras, passada na Indochina francesa na primeira metade do século XX, a história gira em torno de uma mulher viúva que vive com os dois filhos no Sul da antiga colónia, num bungalow isolado junto ao mar. Destroçada com a destruição sucessiva das barragens que insiste em construir para proteger os seus terrenos da água do mar, e acossada pela administração francesa corrupta, acaba por sucumbir à loucura, numa narrativa alegórica que explora questões de identidade nacional.

“O contexto em que decorre Uma Barragem Contra o Pacífico é comum a vários dos países europeus que ainda tinham colónias no século XX. Concretamente, fala-se do logro em que caíram milhões de pessoas atraídas pelos ‘El Dorados’ noutros continentes, bem como da iniquidade dos sistemas extractivistas nos quais os autóctones eram uma mera força de trabalho”, pode ler-se no dossier informativo da peça, disponível no site do teatro municipal.

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A adaptação da CTA conta com encenação de Álvaro Correia e nomes como Teresa Gafeira, João Jesus, João Cabral e David Pereira Bastos, entre outros atores que compõem o elenco. Os bilhetes têm um custo de 13 euros e estão à venda online e na bilheteira do TMJB.

A estreia de “Uma Barragem Contra o Pacífico” alia-se ainda ao lançamento do Clube de Leitura de Teatro, iniciativa da Rede de Bibliotecas Municipais de Almada que pretende aproximar cidadãos, atores e encenadores da criação teatral, através da leitura partilhada de textos que serão depois apresentados em palco no Teatro Municipal. A primeira sessão do clube de leitura arranca do dia 7 de março, justamente em torno desta peça.

Além disso, a acompanhar a nova criação da Companhia de Teatro de Almada, terão lugar as habituais “Conversas com o Público”, que vão decorrer aos sábados, às 18h, no foyer do TMJB. Composto por quatro encontros, o ciclo vai ter como tema principal “Colonos e retornados. Conversas de lá para cá” e será coordenado pela jornalista Joana Gorjão Henriques.

 

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