Museu de Almada recebe a exposição “Filhos do Meio”, sobre o hip hop na Margem Sul

A nova exposição pretende explorar a identidade almadense, refletindo sobre os movimentos culturais que emergiram após a Revolução de 1974.

O Museu de Almada – Casa da Cidade vai acolher uma nova exposição temporária, intitulada “Filhos do Meio – Hip Hop à Margem”, que documenta a história do hip hop, do rap, do grafitti e do breakdance no concelho de Almada e margem sul.

Com inauguração marcada para o próximo dia 26 de outubro, às 15h, a nova exposição pretende explorar a identidade almadense, refletindo sobre os movimentos culturais que emergiram após a Revolução de 1974 e revelando culturas menos conhecidas do concelho.

A iniciativa surge no âmbito das celebrações dos 50 anos do 25 de Abril de 1974 e também comemora os 30 anos da coletânea “RAPublica”, considerada a primeira compilação de rap português, lançada em 1994.

Ao mesmo tempo, a mostra, que estará patente nos dois pisos da ala de exposições temporárias até ao final de março de 2025, pretende documentar também a chegada de novas comunidades a Almada e a forma como isso se manifestou na cidade.

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“A linha condutora incide no pós-25 de Abril porque é nessas dinâmicas juvenis propiciadas também pelas gerações mais novas que os processos criativos se foram construindo ao longo destes 50 anos, num intercâmbio permanente com realidades territoriais semelhantes em espaços que cruzam Almada e a Costa da Caparica com os concelhos da península de Setúbal e da Área Metropolitana de Lisboa”, destaca a Câmara Municipal de Almada (CMA) no seu site oficial.

Dividida em núcleos, a exposição aborda a evolução do hip hop em Portugal, em Almada e no Miratejo, explorando ligações à moda, ao breakdance e às rádios piratas. Destacam-se também expressões como o graffiti e o rap em português, em sintonia com a mediatização televisiva, culminando na análise do cenário criativo atual, que se insere num mercado discográfico independente, além de plataformas de streaming e redes sociais.

“Esta exposição de cor, luz e som apresenta o hip hop como uma parte integrante de formas de expressão juvenil, enraizadas nas margens da cidade de Lisboa, inserindo-o no panorama musical nacional, mas, sobretudo, destacando a sua singularidade almadense, aquilo que de mais local estes “filhos do meio” outorgam desde então ao panorama musical nacional”, acrescenta a CMA.

Paralelamente, a Casa da Cidade – Museu de Almada vai promover também um programa complementar, com eventos mensais que incluem música, dança e graffiti, servindo como ponto de partida para conversas e workshops relacionados com o tema central da exposição. Confira o programa: